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Mundo

Tremor de quinta-feira matou quatro no Japão

O abalo de 7,1 graus colocou as usinas nucleares em alerta, pois houve um pequeno vazamento de gua radioativa

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O forte tremor desta quinta-feira, 7, na costa nordeste do Japão, devastada pela catástrofe de 11 de março, deixou quatro mortos e gerou ainda mais preocupação em relação às usinas nucleares da área. A central de Fukushima Daiichi não foi afetada. O tremor de magnitude 7,1, a réplica mais intensa do terremoto seguido de tsunami de 11 de março, que provocou mais de 27 mil mortos e desaparecidos, também foi sentido na capital, Tóquio, a 400 km do epicentro. O terremoto ocorreu às 23h32 (11h32 de Brasília), a uma profundidade de 49 km, segundo o Serviço Geológico dos EUA. O epicentro foi situado no Oceano Pacífico, 66 km a leste da cidade de Sendai (província de Miyagi).

O fornecimento de eletricidade para algumas usinas nucleares no norte do Japão foi restabelecido hoje, após algumas instalações serem afetadas ontem por um forte terremoto. Os problemas iniciais, porém, mostram o quão vulneráveis as usinas nucleares podem ser diante de fortes tremores. Houve um pequeno vazamento (cerca de 4 litros) de água radioativa, mas, segundo as informações disponíveis, ele foi controlado.

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Com a volta da energia, os operadores das usinas conseguiram impedir que os reatores nucleares e a piscina com combustível já utilizado se aquecessem demais. Com isso, evitou-se um possível novo desastre como o da usina Daiichi, em Fukushima, onde um violento terremoto e um subsequente tsunami danificaram estruturas em 11 de março.

Todas as usinas afetadas ontem estão em fase de desligamento, mas ainda há risco de sobreaquecimento, caso o envio de água para o resfriamento seja interrompido por um grande período. O terremoto, ontem, de magnitude 7,1 e epicentro na costa da província de Miyagi, atingiu o Japão às 23h32 (horário local). O tremor fez com que sistemas de segurança emergenciais fossem ligados, desligando cinco usinas de energia térmica da região.

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Com isso, faltou luz em boa parte da região, fazendo com que os operadores ativassem geradores emergenciais a diesel para resfriar as barras de combustível na usina nuclear de Higashidori, operada pela Tohoku Electric Power, e também na usina de reciclagem de combustível Rokkasho, de propriedade da Japan Nuclear Fuel. A Tohoku Electric informou que mais de quatro milhões de casas estavam inicialmente sem energia, mas a maior parte dela estaria restabelecida no fim do dia de hoje.

Houve problemas no fornecimento de energia em outra usina nuclear da Tohoku, a Onagawa, que perdeu o fornecimento de três de suas quatro linhas de transmissão. Ainda assim, a linha de transmissão restante manteve as operações normalizadas na usina, informou a Agência de Segurança Nuclear e Industrial.

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O tremor fez com que quatro litros de água radioativa espirrassem para fora do tanque de combustível usado na Onagawa. Também provocou o fechamento automático da usina, quando os sistemas de resfriamento ficaram sem operar por uma hora. A energia foi restabelecida no início do dia de hoje, após trabalhadores confirmarem que a usina estava em segurança. O tremor não causou danos estruturais, segundo a agência do governo.

A causa da queda de energia inicial está sob investigação. Uma possibilidade é que ela resultou do desligamento automático de cinco usinas termoelétricas na região. Outra é a paralisação automática das operações em grandes usuários de energia na área, causando forte queda na demanda por eletricidade e um desequilíbrio entre oferta e demanda, provocando a queda de energia, explicou a agência.

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Fukushima

Na usina Daiichi, em Fukushima, onde os reatores permanecem em risco quase quatro semanas após o terremoto e o tsunami de 11 de março, a operação para bombear nitrogênio no reator número 1 e outra operação, para bombear água e refrigerar os reatores 1, 2 e 3, não foram afetadas pelo terremoto de ontem.

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O nitrogênio é injetado para reduzir a pressão e evitar uma eventual explosão na usina. A temperatura no reator 1, porém, subiu para 260,7 graus Celsius, de 223,3 graus anteriormente, mas retornou ao normal pouco depois. As autoridades não explicaram a rápida mudança.

Como novos terremoto podem causar vulnerabilidades em usinas pelas quedas de energia, as autoridades disseram que buscarão expandir o uso de caminhões com geradores para eletricidade em emergências, além dos geradores emergenciais já existentes em usinas. Na usina Daiichi, a proprietária Tokyo Electric Power (Tepco) mantém os caminhões para uma eventual emergência, a fim de evitar superaquecimento no combustível nuclear, o que poderia gerar vazamentos radioativos.

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O Japão discute a possibilidade de aumentar a zona em que as pessoas não podem ficar, no raio da usina Daiichi. Atualmente, os moradores que viviam a até 20 quilômetros da usina deixaram suas casas. O principal porta-voz do governo, Yukio Edano, disse que uma decisão sobre o tema será tomada em alguns dias, mas não deu pistas sobre o que pode ocorrer.

Alguns moradores de cidades a noroeste da usina demonstram temor pela exposição que, temem eles, pode passar dos limites estabelecidos, pois essa exposição dura quase um mês. Edano disse que, como o nível de radiação está caindo em partes da região, o governo anulará uma proibição para o consumo de espinafre e leite em algumas partes de Fukushima e na província vizinha de Gunma.

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