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Três meses após impeachment, coalizão de Lugo racha

Para ex-chefe do Gabinete Civil, objetivo agora é evitar desclassificação da esquerda paraguaia, que não tem candidato

Três meses após impeachment, coalizão de Lugo racha (Foto: Reuters)
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Opera Mundi - Meses após a deposição de Fernando Lugo da Presidência do Paraguai, a Frente Guasú, coligação que o apoiava no governo, ainda não conseguiu definir um candidato para as eleições gerais de 2013. O radialista Mario Ferreiro era o nome mais forte, mas falhou nas negociações de sua campanha, deixou a coalizão e agora é acusado por partidos aliados de "golpista".

"Não acredito que seja hora para procurar culpados e nem para falar em ruptura", disse Ferreiro após um comunicado de parte da Frente Guasú alegar que o pré-candidato planejou um "golpe duplo" à coalizão. O radialista argumenta que a decisão de deixar a base aliada de Lugo foi produto "de uma longa negociação interna que não foi bem sucedida".

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Segundo Ferreiro, o consenso não foi possível por conta da indefinição de um setor político "altamente valioso, mas irremediavelmente imerso em sua própria dinâmica de resolução de conflitos". Além da indefinição da chapa presidencial, ele também alega que a Frente Guasú não conseguiu chegar a um acordo sobre a lista de candidatos ao Senado e ao Parlasul.

A seu ver, a Frente Guasú só será bem-sucedida em 2013 caso consiga construir um "sistema de confiança mútua", capaz de produzir "uma verdadeira convicção de unidade".

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Em entrevista ao Opera Mundi, o ex-chefe do Gabinete Civil da Presidência do Paraguai durante o governo de Lugo explicou que a Frente Guasú está rachada, já que "há um setor que quer a candidatura de Ferreiro e outro que não". Para Miguel Lopez Perito, "o importante é que a campanha arranque logo, porque estamos atrasados com os prazos eleitorais".

"Já tínhamos estabelecido prazos para um acordo, mas ele acabou sempre postergado. Daí que, nos últimos dois dias, foram feitas intensas negociações para chegar a um acordo, mas não conseguimos concluí-lo", conta. "O objetivo é que não haja uma desclassificação dentro da esquerda e dos setores progressistas".

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A Frente Guasú existe desde 2010 e concentra as principais denominações da esquerda paraguaia. Os partidos movimento ao socialismo, movimento político 20 de abril, revolucionário de fevereiro, democracia cristã, mulheres pela aliança, tekopyaju (novo caminho, em guarani), movimento avancemos e movimento esquerda socialista apoiam a candidatura de Ferreiro.

Já os partidos popular tekojoja, convergência socialista, comunista, frente patriótica popular, bloco social e popular, movimento soberania e desenvolvimento, frente ampla, participação cidadã, movimento patriótico popular e unidade popular se colocaram contra a candidatura do radialista.

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Questionado se Lugo poderá se candidatar em 2013, Perito lembra que isso foi cogitado, mas ressalva que "o grande problema é que se ele se candidatar, qualquer cidadão poderá impugná-lo, bem como o Tribunal Superior Eleitoral, que é favorável ao status quo". "Em outras palavras, será impugnado de qualquer forma. Foi aí que o aconselhamos a não se candidatar. Ele mesmo já expressou que não tem nenhum interesse em se candidatar", explica.

Os dois principais partidos da base aliada de Federico Franco já estão em processo de escolha de seus candidatos. Horacio Cartes foi o nome escolhido pelo Partido Colorado para o pleito de 2013.

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