Trump ameaça Turquia com devastação se país atacar milícia curda; Ancara reage
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou devastar economicamente a Turquia se o país atacar uma milícia curda aliada dos EUA na Síria, o que derrubou a lira turca e desencadeou fortes críticas de Ancara nesta segunda-feira (14); a Turquia reagiu dizendo que "terroristas não podem ser parceiros e aliados dos EUA; a Turquia espera que os Estados Unidos honrem nossa parceria estratégica e não quer que ela seja ofuscada por propaganda terrorista", afirmou um porta-voz do governo turco
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247, com Reuters e Sputnik - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou devastar economicamente a Turquia se o país atacar uma milícia curda aliada dos EUA na Síria, o que derrubou a lira turca e desencadeou fortes críticas de Ancara nesta segunda-feira (14).
A relação entre os dois países, que são membros da Otan, tem se deteriorado devido ao apoio dos EUA à milícia curda YPG, que a Turquia vê como uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) que leva adiante uma luta insurgente há décadas em solo turco.
Durante a crise diplomática no ano passado, Trump impôs sanções contra dois ministros do presidente turco, Tayyip Erdogan, e elevou as tarifas sobre exportações de metal da Turquia, ajudando a levar a lira turca a seu recorde de baixa em agosto.
No domingo, Trump disse que os Estados Unidos estavam dando início à retirada militar da Síria que anunciou em dezembro, mas que continuariam a atacar combatentes do chamado Estado Islâmico na região.
"Atacaremos novamente a partir de bases próximas existentes se eles se restaurarem. Devastaremos a Turquia economicamente se ela atacar os curdos. Criaremos zona de segurança de 20 milhas (32 km)... Da mesma maneira, não queremos que os curdos provoquem a Turquia", escreveu Trump no Twitter.
O porta-voz presidencial da Turquia, Ibrahim Kalin, disse que Trump deveria respeitar a aliança de Washington com Ancara.
"Sr. Donald Trump, é um erro fatal comparar os curdos sírios com o PKK, que está na lista de terroristas dos EUA, e com seu braço sírio PYD/YPG", escreveu Kalin em publicação no Twitter.
"Terroristas não podem ser seus parceiros e aliados. A Turquia espera que os Estados Unidos honrem nossa parceria estratégica e não quer que ela seja ofuscada por propaganda terrorista", disse nesta segunda-feira o porta-voz do governo turco.
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