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Trump manda secretário de Estado interferir na África do Sul

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou ao seu secretário de Estado, Mike Pompeo, que investigue "a tomada de terras e fazendas" e os "assassinatos de agricultores" na África do Sul, levando o governo sul-africano; os comentários de Trump jogaram lenha em um debate já inflamado sobre terras na África do Sul, país que continua profundamente desigual e dividido racialmente quase um quarto de século depois de Nelson Mandela chegar ao poder ao final do apartheid.

Trump manda secretário de Estado interferir na África do Sul (Foto: REUTERS/Leah Millis)
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Reuters - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quarta-feira que pediu ao seu secretário de Estado, Mike Pompeo, para investigar "a tomada de terras e fazendas" e os "assassinatos de agricultores" na África do Sul, levando o governo sul-africano a acusá-lo de atiçar divisões raciais.

Os comentários de Trump jogaram lenha em um debate já inflamado sobre terras na África do Sul, país que continua profundamente desigual e dividido racialmente quase um quarto de século depois de Nelson Mandela chegar ao poder ao final do apartheid.

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A moeda sul-africana, o rand, perdeu mais de 1,5 por cento de seu valor diante do dólar norte-americano da manhã desta quinta-feira depois que o tuíte de Trump circulou na África do Sul.

"Pedi ao secretário de Estado @SecPompeo para estudar atentamente a tomada e expropriação de terras e fazendas e os assassinatos de agricultores em larga escala na África do Sul", escreveu o presidente no Twitter.

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O Ministério de Relações Exteriores sul-africano buscará esclarecimentos sobre os comentários de Trump junto à embaixada dos EUA em Pretória, disse a porta-voz do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, acrescentando que Trump está "mal informado".

"A África do Sul rejeita totalmente esta percepção limitada que só busca dividir nossa nação e nos lembrar de nosso passado colonial", disse um tuíte de uma conta oficial do governo da África do Sul em reação às colocações de Trump.

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O Departamento de Estado dos EUA não estava disponível de imediato para comentar o tuíte de Trump.

No dia 1º de agosto Ramaphosa anunciou que o partido governista Congresso Nacional Africano (CNA) planeja alterar a Constituição para permitir a expropriação de terras sem indenização, em um país onde os brancos continuam sendo os donos da maioria das terras do país.

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Ramaphosa disse que qualquer reforma agrária será realizada sem causar impacto no crescimento econômico ou na segurança alimentar. Nenhuma terra foi "tomada" desde que os planos de reforma foram anunciados, diz o CNA.

O tuíte de Trump pareceu ser uma resposta a uma reportagem de quarta-feira da rede Fox News que tratou da questão agrária sul-africana e dos assassinatos de agricultores brancos.

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Os crimes violentos são um problema sério em toda a nação, e 47 agricultores foram mortos entre 2017 e 2018, segundo estatísticas da AgriSA, um grupo de associações agrícolas. No entanto, os assassinatos de agricultores estão em seu menor índice em 20 anos.

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