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Trump usa racismo como arma eleitoral para 2020

O presidente norte-americano, Donald Trump, retomou nesta segunda-feira (29) seus ataques a um proeminente parlamentar negro de Baltimore e atacou o ativista negro de direitos civis e reverendo Al Sharpton

(Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)
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Reuters - O presidente norte-americano, Donald Trump, retomou nesta segunda-feira seus ataques a um proeminente parlamentar negro de Baltimore e atacou o ativista negro de direitos civis e reverendo Al Sharpton, atiçando ainda mais as tensões raciais ao ligar as críticas à sua campanha de reeleição em 2020.

O presidente republicano, em uma série de mensagens no Twitter, vinculou diretamente suas críticas ao deputado Elijah Cummings e a Sharpton, bem como seus contínuos ataques a quatro congressistas democratas de minorias étnicas e raciais apelidadas de “esquadrão”, à sua candidatura à reeleição em 2020.

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Os comentários feitos por Trump no final de semana depreciando Cummings, democrata da Câmara dos Deputados e defensor de longa data dos direitos civis, assim como as declarações a respeito das congressistas, levaram democratas a acusá-lo de racismo —o que ele negou. No Twitter, Trump classificou o distrito de Baltimore que Cummings representa, de maioria negra, como “uma bagunça nojenta, infestada de ratos e roedores”.

O governador de Maryland, Larry Hogan, um republicano que cogitou desafiar Trump pela candidatura presidencial do partido em 2020, criticou os tuítes do presidente em uma entrevista à rádio WBAL, dizendo que os mais recentes ataques de Trump na rede social estão apenas estimulando as divisões e o ódio político ao redor do país.

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“Os comentários são revoltantes e inadequados”, disse Hogan. “Eu acho que basta.”

Nesta segunda-feira, Trump voltou a criticar Cummings e seu distrito de Baltimore devido ao índice alto de criminalidade.

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Muitos republicanos evitaram criticar Trump por suas declarações contra Cummings, mas Michael Steele, ex-vice-governador de Maryland que presidiu o Comitê Nacional Republicano entre 2009 e 2011, tomou Trump como alvo em uma conferência de imprensa em Baltimore, concedida ao lado de Sharpton.

“Senhor presidente, seus repreensíveis comentários não têm nenhum efeito quando se trata desta comunidade”, disse Steele, que é negro.

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Steele também pediu para que Trump visite Baltimore, afirmando que “o pessoal quer conversar com você. Então apareça. Esqueça o tuíte, irmão, e apareça”.

Cummings, parlamentar veterano que preside o Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara, está comandando uma série de investigações sobre Trump e seu governo e criticou a maneira como este trata os imigrantes.

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O prefeito de Baltimore, Bernard Young, disse também nesta segunda que Trump deveria adotar ações para ajudar as cidades dos Estados Unidos.

 “Minha mensagem ao presidente é: pare de tuitar e envie ajuda federal e recursos federais à cidade de Baltimore. Não só à cidade de Baltimore, a cidades de todo o país que estão tendo problemas com a infraestrutura envelhecida, o crime, a sujeira e a redução de recursos do governo federal”, disse Young ao canal MSNBC.

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Trump também mirou em Sharpton, que defendeu Cummings e seu distrito. Sharpton e Trump têm laços que remontam aos seus círculos na cidade de Nova York, mas Trump refutou qualquer relacionamento próximo no passado.

 “Apenas um vigarista no trabalho”, tuitou.

Na entrevista coletiva, Sharpton condenou Trump pelo que chamou de ataque “intolerante e racista” a Cummings e ao povo de Baltimore.

“Ele pode falar o que quiser. Me chame de criador de problemas, sim: eu crio problemas para intolerantes”, disse Sharpton.

 Trump deixou claro que seus tuítes contra Cummings e as parlamentares Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar, Ayanna Pressley, e Rashida Tlaib estão ligados aos seus esforços para derrotar os democratas e manter a Casa Branca na eleição presidencial de novembro de 2020.

“Se os democratas vão defender o ‘esquadrão’ radical de esquerda e a fracassada Baltimore do rei Elijah, terão um longo caminho até 2020”, tuitou Trump nesta segunda-feira.

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