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Turquia diz que verdade virá à tona sobre assassinato de Khashoggi

O partido governista da Turquia disse nesta segunda-feira (22) que Jamal Khashoggi foi vítima de um assassinato "monstruosamente planejado", rejeitando a alegação de Riad de que ele teria morrido em uma briga, à medida que aumenta a descrença do Ocidente nas múltiplas explicações da Arábia Saudita para o desaparecimento do jornalista

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247, com Reuters - O partido governista da Turquia disse nesta segunda-feira (22) que Jamal Khashoggi foi vítima de um assassinato "monstruosamente planejado", rejeitando a alegação de Riad de que ele teria morrido em uma briga, à medida que aumenta a descrença do Ocidente nas múltiplas explicações da Arábia Saudita para o desaparecimento do jornalista.

Khashoggi, colunista do jornal Washington Post e crítico do poderoso príncipe herdeiro saudita, desapareceu há três semanas depois de entrar no consulado saudita em Istambul para obter documentos para se casar.

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A reação de Riad desde então, inicialmente negando conhecimento do fato para depois dizer que ele morreu durante uma briga no consulado, deixou vários governos ocidentais incrédulos e tensionou as relações do Ocidente com o maior exportador de petróleo do mundo.

O porta-voz do partido governista turco AK, Omer Celik, disse que esforços foram feitos para ocultar o assassinato, em referência a imagens de câmeras de segurança transmitidas pela CNN que mostram um homem vestido como Khashoggi andando por Istambul, depois que o jornalista desapareceu.

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"Estamos enfrentando uma situação que foi monstruosamente planejada e que, depois, tentaram ocultar. É um assassinato complicado", disse a repórteres.

"Estamos sendo cuidadosos para que ninguém tente ocultar a questão. A verdade virá à tona. Os responsáveis serão punidos, algo como isso nunca mais passará pela cabeça de ninguém".

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Khashoggi desapareceu no dia 2 de outubro, depois de entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul. Após semanas negando ter conhecimento sobre o que aconteceu com ele, autoridades sauditas disseram que o jornalista foi morto em uma briga.

No domingo, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, disse que Khashoggi morreu em uma "operação clandestina", mas alguns de seus comentários pareceram contradizer declarações anteriores de Riad, representando mais uma mudança na história oficial.

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Vários países, incluindo Alemanha, Reino Unido, França e Turquia, têm pressionado a Arábia Saudita para que apresente fatos, e a chanceler alemã Angela Merkel disse que Berlim não exportará armas ao reino saudita enquanto persistir qualquer incerteza a respeito do destino de Khashoggi.

"É impossível não se perguntar como pode ter havido uma 'troca de socos' entre 15 combatentes jovens especializados... e Khashoggi, de 60 anos, sozinho e impotente", escreveu Yasin Aktay, conselheiro do presidente turco, Tayyip Erdogan, e amigo de Khashoggi, no jornal pró-governo Yeni Safak.

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"O argumento da 'troca de socos' para a morte de Khashoggi é um cenário montado às pressas agora que ficou claro que os detalhes do incidente virão à tona em breve", escreveu Aktay. "Quanto mais se pensa nisso, mais parece que se está zombando da nossa inteligência."

Autoridades da Turquia suspeitam que Khashoggi foi assassinado dentro do consulado e que seu corpo foi retalhado. Fontes turcas dizem que as autoridades têm uma gravação de áudio que supostamente documenta o assassinato do jornalista.

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Para os aliados da Arábia Saudita, a questão será se acreditam que o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que se apresenta como um reformista, tem alguma culpa. O rei Salman, de 82 anos, deixou a seu cargo a administração cotidiana do reino.

Em alguns pontos críticos, a explicação de Jubeir parece divergir de comunicados oficiais anteriores.

O ministro saudita das Relações Exteriores disse que autoridades do reino não sabiam como Khashoggi tinha morrido. Isso contradiz a informação emitida pelo procurador-geral, um dia antes, de que Khashoggi morreu após uma briga com pessoas que o encontraram dentro do consulado. A fala também contradiz comentários feitos por duas autoridades sauditas à Reuters de que o jornalista morreu após estrangulamento.

Um membro da equipe se vestiu com as roupas de Khashoggi para parecer que o jornalista tinha deixado o consulado, disse uma autoridade saudita. Esse relato parece ter sido corroborado por imagens de câmera de segurança transmitidas pela CNN que mostram um homem vestido como Khashoggi andando por Istambul.

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