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Uruguai: "só queremos um caminho novo"

O secretário-geral da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, disse ontem que a regulamentação da produção e venda de maconha no país não representa uma “iniciativa de exportação da proposta”, mas sim a “tentativa de um caminho novo” no combate ao narcotráfico; após a mudança na legislação uruguaia, o debate internacional sobre uma mudança de “postura” no combate ao narcotráfico vem sendo feito em nível multilateral e internamente nos grandes consumidores da Europa e nos Estados Unidos

O secretário-geral da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, disse ontem que a regulamentação da produção e venda de maconha no país não representa uma “iniciativa de exportação da proposta”, mas sim a “tentativa de um caminho novo” no combate ao narcotráfico; após a mudança na legislação uruguaia, o debate internacional sobre uma mudança de “postura” no combate ao narcotráfico vem sendo feito em nível multilateral e internamente nos grandes consumidores da Europa e nos Estados Unidos (Foto: Leonardo Attuch)
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Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil/EBC - O secretário-geral da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, disse nessa segunda-feira (5) que a regulamentação da produção e venda de maconha no país não representa uma “iniciativa de exportação da proposta”, mas sim a “tentativa de um caminho novo” no combate ao narcotráfico. O decreto que regulamenta a lei entra em vigor hoje (6) no país.
 
“Nós temos esta proposta e queremos que nos deixem experimentá-la, não a estamos exportando, não dissemos que outro país deve segui-la. Isso é o substancial na democracia e no relacionamento entre os países”, acrescentou, em entrevista publicada no site da Presidência do Uruguai.

Calzada lembrou que assim como o modelo estabelecido pelo Uruguai, outras iniciativas estão sendo experimentadas e citou os modelos regulatórios dos estados de Washington e do Colorado, nos Estados Unidos. “Os modelos estão sobre a mesa e sendo analisados”, destacou.

Após a mudança na legislação uruguaia, o debate internacional sobre uma mudança de “postura” no combate ao narcotráfico vem sendo feito em nível multilateral e internamente nos grandes consumidores da Europa e nos Estados Unidos.

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A Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU) discutem o assunto e estudam as alternativas que vêm sendo levadas às comissões que exploram o tema. O Uruguai é o primeiro país a adotar mudanças significativas, estabelecendo, pela primeira vez, regras para um mercado legal. “Alguém tem que ser o primeiro”, disse, em entrevistas, o próprio presidente uruguaio José Mujica.

Os modelos estabelecidos nos estados americanos do Colorado e de Washington estão sendo analisados também pela Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas nos Estados Unidos – um dos maiores consumidores de cocaína e maconha.

Com o alto consumo em seu território, o governo americano mantém há décadas uma política que chama “guerra contra as drogas” na América do Sul e financia programas antinarcóticos nos países produtores (Bolívia, Colômbia, Peru) e na América Central e México, por onde passam as principais rotas do tráfico com destino aos Estados Unidos.

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O secretário da Junta uruguaia defendeu que a proibição “está ultrapassada” e “fadada ao fracasso". Mas Calzada disse estar otimista com o horizonte aberto no mundo. “Hoje estamos discutindo sobre modelos regulatórios, quando somente há quatro anos era impossível pensar nessa discussão”.

Ele lembrou que o país tem participado das discussões em nível internacional, nos organismos multinacionais e com os Estados Unidos.

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A pressão para que o tema seja discutido globalmente também surge em outras esferas, como na mesa de diálogo entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que atualmente buscam uma solução para o tema das drogas ilícitas no país. Uma das propostas é despenalizar a produção e o cultivo de maconha e coca.

guerrilha defende que o problema seja tratado em nível internacional e que os países consumidores assumam responsabilidades.

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