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Venezuela denuncia exercícios militares entre Guiana e EUA em região fronteiriça

O território do Esequibo possui 159 mil km², ricos em petróleo, e está em disputa entre Guiana e Venezuela desde século 19

Delcy Rodríguez, vice-presidente da Venezuela (Foto: Vice-presidência da Venezuela/Brasil de Fato)
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Por Michele de Melo, no Brasil de Fato - A vice-presidenta executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez denunciou a presença de navios militares dos Estados Unidos nas águas jurisdicionais venezuelanas, na zona do Esequibo - território em disputa desde o século XIX com a Guiana.

A presença de tropas do Pentágono é justificada pela realização de exercícios militares conjuntos entre Guiana e EUA.  A atividade militar, que iniciou nesta segunda-feira (11), supostamente irá proteger bases de extração de petróleo instaladas pela empresa ExxonMobil na área de 159 mil km², que a Venezuela reivindica ser sua. 

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"Trata-se de uma provocação e representa uma ameaça à soberania e integridade territorial da Venezuela", declarou a vice-presidenta Delcy Rodríguez, em companhia do ministro de Defesa Vladimir Padrino López e do chanceler Jorge Arreaza.

Em 1966, Guiana e Venezuela assinaram o Acordo de Genebra, mediado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que determinava quais atividades seriam permitidas em qual zona do território em disputa. Desde 2015, o governo guianês infringe o pacto, permitindo que multinacionais explorem petróleo no local.

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Em 2018, a Venezuela já havia interceptado embarcações da ExxonMobil que invadiram seu território. Agora, o presidente venezuelano Nicolás Maduro determinou a criação de uma Zona Estratégica Especial para aumentar a segurança sobre o Esequibo. A decisão venezuelana foi condenada pelo presidente da República Cooperativa da Guiana, Irfaan Alí. 

Em resposta, a chancelaria venezuelana emitiu um comunicado condenando as declarações do chefe de Estado guianês que sugeriam uma disposição para um confronto armado. 

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"Venezuela rechaça qualquer tentativa de validar ameaças ou agressões que atentem contra a paz da nossa região e pretendam vulnerar nossa irrenunciável e indiscutida soberania e independência", declaram.

Também nesta segunda-feira, o presidente Nicolás Maduro enviou uma carta ao secretário geral da ONU, Antonio Guterres, alertando sobre os exercícios militares entre tropas estadunidenses e guianenses. 

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"Está em suas mãos a resolução de uma controvérsia territorial, através de meios pacíficos, com uma solução pacífica, amistosa e satisfatória para ambas partes, tal como está estabelecido pelo Acordo de Genebra de 1966.

Em 2018, Guterres já havia recomendado que o caso fosse resolvido pela Corte Internacional de Justiça (CIJ).

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Em dezembro de 2020, a CIJ se declarou apta a emitir uma decisão judicial sobre a disputa territorial, utilizando como base documentos cartográficos de 1899, que determinam a fronteira entre os dois países. Caracas acusou falsidade do laudo territorial utilizado pela corte e condenou a declaração, insistindo que o conflito deveria ser resolvido de maneira bilateral, sem intermediação de tribunais da ONU. 

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