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Zizek: só nós podemos ajudar Assange

O filósofo e escritor esloveno Slavoj Žižek condenou neste sábado, 13, a prisão do ativista Julian Assange, fundador do Wikileaks, na embaixada do Equador em Londres; Zizek diz que em sua atuação no Wikileaks, Julian Assange não estava vigiando o povo para quem está no poder, mas sim quem está no poder, para o povo; "É por isso que os únicos que realmente podem ajudá-lo agora somos nós, o povo. Somente a nossa pressão e nossa mobilização pode aliviar este seu impasse", diz ele

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247 - O filósofo e escritor esloveno Slavoj Žižek condenou neste sábado, 13, a prisão do ativista Julian Assange, fundador do Wikileaks, na embaixada do Equador em Londres. 

"Por que agora? Penso que há um nome que explica tudo: Cambridge Analytica – um nome que representa tudo o que Assange combate, ao revelar as ligações entre grandes corporações privadas e agências governamentais. Quanto não se falou e noticiou, obsessivamente, da suposta interferência russa nas eleições estadunidenses? Pois bem, agora sabemos que não foram os hackers russos (com ajuda de Assange) que influenciaram os eleitores na direção de Trump, mas sim nossas próprias agências de processamento de dados em conjunto com forças políticas. Isso não significa dizer que a Rússia e seus aliados sejam inocentes: eles provavelmente tentaram, sim, influenciar o resultado das eleições, da mesma forma que os EUA o fazem em outros países (só que nesses casos, diz-se que trata-se de ajudar a promover a democracia...). Mas significa, isto sim, que o grande lobo mal que distorce nossa democracia se encontra aqui, e não no Kremlin. E é isso que Assange vem dizendo desde sempre", escreve Zizek em artigo publicado pela Revista Fórum. 

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Em outro trecho do artigo, Zizek diz que em sua atuação no Wikileaks, Julian Assange não estava vigiando o povo para quem está no poder, mas sim quem está no poder, para o povo. "É por isso que os únicos que realmente podem ajudá-lo agora somos nós, o povo. Somente a nossa pressão e nossa mobilização pode aliviar este seu impasse", diz ele. 

"O WikiLeaks é só o início, e nosso lema deveria ser maoísta: que centenas de WikiLeaks florescam. O pânico e a fúria com a qual os poderosos, e aqueles que controlam nossos comuns digitais, reagiram a Assange é prova de que esse tipo de atividade atingiu em cheio um ponto chave. Haverá muitos golpes baixos nessa luta: nosso lado será acusado de jogar o jogo do inimigo (assim como a campanha que acusava Assange de estar a serviço de Putin), mas precisamos nos acostumar com isso e aprender a revidar em dobro, colocando um lado contra o outro, sem dó, a fim de derrubar todos", afirma o filósofo. 

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Leia o artigo na íntegra.

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