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Adeus, Claudio Abbado: Morreu o maestro dos maestros

Faleceu na manhã do dia 20 de janeiro, em Bolonha, Itália, um dos maiores diretores de orquestra de todos os tempos. Uma vida dedicada à música e aos jovens talentos, constelada de sucessos e de empenho social e político

Faleceu na manhã do dia 20 de janeiro, em Bolonha, Itália, um dos maiores diretores de orquestra de todos os tempos. Uma vida dedicada à música e aos jovens talentos, constelada de sucessos e de empenho social e político (Foto: Gisele Federicce)
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Por: Equipe Oásis

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Claudio Abbado durante o concerto di abertura do Festival de Lucerna, na Suíça, em 10 de agosto 2007
Maestro e senador vitalício da Itália, Claudio Abbado faleceu na manhã do dia 20 último, na cidade de Bolonha. Estava com 80 anos e há tempos lutava contra um câncer. Nasceu em Milão, em 26 de junho 1933, e foi diretor de orquestra do Teatro alla Scala de Milão, da Staatsoper de Viena e da Filarmônica de Berlim, três das mais prestigiosas sinfônicas do mundo.

Uma vida no pódio

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Grande defensor do valor social da música e das orquestras jovens, por muitos considerado o maior diretor de orquestra do mundo, Abbado iluminou o panorama musical internacional a partir dos anos Sessenta.

Filho de um professor de violino, formou-se em piano e direção de orquestra pelo Conservatório de Milão, em 1955. Em 1958 venceu o importante concurso Koussevitsky, da Boston Symphony Orchestra em Tanglewood, Massachussets. Esse prêmio lhe permitiu debutar nos Estados Unidos com a Filarmônica de Nova York. Estreou em seguida em Trieste, como diretor sinfônico, e logo foi chamado pelo Teatro alla Scala para ser diretor musical, numa trajetória que durou até os anos 80.

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Abbado renovou toda a programação artística do famoso teatro milanês, trazendo de volta à ribalta importantes autores e compositores que há muito estavam esquecidos. Inaugurou em 1972 a tradição dos concertos para estudantes e trabalhadores, um modo eficaz para aproximar todas as classes sociais ao mundo dourado da música lírica e clássica.

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Nos teatros do mundo

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Em 1971 tornou-se diretor principal da Filarmônica de Viena, e a partir de 1979 até 1987 foi diretor da Sinfônica de Londres. Deixou a direção do La Scala em 1986 para se lançar numa nova aventura profissional como diretor musical da Staatsoper de Viena (até 1991); em 1989 foi eleito diretor principal e artístico da Filarmônica de Berlim, cargo que manteve até 2002. Foi o primeiro maestro não austro-alemão a ser eleito diretor diretamente pelos músicos integrantes da orquestra, considerada a melhor do mundo.

Nos anos seguintes dedicou-se à criação da orquestra do Festival de Lucerna, na Suíça, à fundação da Orquestra Mozart de Bolonha – a sua última cidade de adoção -, e à Orquestra de Câmera Mahler. Dedicou também parte considerável do seu tempo e forças a atividades ambientais e sociais.

Em junho 2010 aceitou voltar a dirigir no Scala de Milão, em troca de um "cachê in natura" de 90 mil árvores para serem plantadas na região central da cidade de Milão. Mas o empenho teve de ser cancelado em razão de uma internação para tratamento de um câncer. Uma das muitas internações médicas a que foi obrigado a se submeter desde então.

Nomeado senador vitalício

Em 30 de agosto 2013, Giorgio Napolitano, Presidente da República Italiana o nomeou senador vitalício, junto a 3 outros italianos notáveis, o arquiteto Renzo Piano e os cientistas Elena Cattaneo e Carlo Rubbia. "Espero que meu estado de saúde me permita aceitar esse prestigioso cargo, para o qual é preciso garantir assiduidade e dedicação", declarou Abbado após a nomeação, revelando a preocupação que sentia quanto às suas próprias condições.

Uma das suas últimas decisões foi devolver o seu salário de senador vitalício para a criação de bolsas de estudo na Escola de Música da cidade de Fiesole. Mais uma vez um gesto magnânimo a favor dos jovens talentos musicais.

Vídeos:

Já muito doente, Claudio Abbado ainda teve forças para reger a difícil Missa de Réquiem, de Wolfgang Amadeus Mozart, no Festival de Lucerna, em outubro 2012. Neste vídeo, o movimento Lacrimosa, um dos trechos mais comoventes do Réquiem.

 

Este outro vídeo mostra Claudio Abbado tomado pela emoção após a execução do Réquiem, no mesmo Festival de Lucerna. O maestro e o público permaneceram em total silêncio durante 40 segundo, antes da explosão de merecidos aplausos.

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