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Águas de Marte: Voo rasante sobre os cânions marcianos

A sonda Mars Express, da ESA (Agência Espacial Europeia), realizou um voo tira fôlego sobre os cânions escavados pela água que, há milhões de anos, fluía sobre o Planeta Vermelho

A sonda Mars Express, da ESA (Agência Espacial Europeia), realizou um voo tira fôlego sobre os cânions escavados pela água que, há milhões de anos, fluía sobre o Planeta Vermelho (Foto: Gisele Federicce)
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Os famosos 'canais' de Marte, que podemos observar com o uso de telescópios, foram produzidos por violentos fluxos de água na superfície do Planeta Vermelho


Por: Equipe Oásis
Fotos: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum) / Música do vídeo: Crabtambour)

Há dez anos, no dia 14 de janeiro de 2004, a sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), que entrara em órbita marciana no dia 25 de dezembro precedente, enviou as primeiras imagens 3D em cores da superfície do Planeta Vermelho. Para celebrar esse grande feito astronômico, a ESA produziu, em colaboração com o Planetary Science and Remote Sensing Group da Freie Universitat de Berlim, um vídeo panorâmico da região chamada Kasei Valles, um gigantesco sistema de cânions escavados pela água que, com certeza quase absoluta, fluía antigamente sobre a superfície de Marte.

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O desfiladeiro Ecchus Chasma, um dos maiores até agora encontrados na superfície de Marte

A porção do planeta que podemos observar nessas imagens estende-se por uma área de 1,55 milhões de quilômetros quadrados, uma área quase tão grande quanto o território da Mongólia. Esse vale (que foi rebatizado Kasei, o nome de Marte em japonês) tem comprimento de cerca 3 mil quilômetros; em certos pontos, os cânions atingem 3 quilômetros de profundidade.

O vale, que foi escavado no decurso de milênios por aluviões devastadores, e também modelado pela atividade geológica e pelos ventos marcianos, se bifurca em duas ramificações. Entre os dois principais sistemas de canais (chamados "canais de defluxo") é possível se ver uma ilha: a Mesa Sagrada, um tipo de planalto que se eleva a 2 quilômetros acima dos cânions.

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Gelo ainda é encontrado na superfície de Marte, sobretudo na região dos polos e no fundo de crateras como a da foto

A viagem continua até a cratera Sharonov (100 quilômetros de diâmetro) circundada por um arquipélago de ilhotas que devem ter resistido à erosão provocada pelas águas. O vídeo foi realizado a partir do mosaico de 67 imagens espetaculares em alta resolução tiradas pela sonda em junho de 2013, por ocasião do décimo aniversário do lançamento da Mars Express.

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Marte, água por todo lado

Na galeria abaixo, as primeiras fotos 3D da superfície de Marte tiradas pela sonda Mars Express:


1 Grand Canyon
Centenas de fotos ao dia, milhões de bites de dados. As sondas marcianas não param de transmitir informações sobre o Planeta Vermelho.
Esta galeria de fotos mostra as imagens mais significativas enviadas pela sonda europeia Mars Express. Nesta foto, um setor do Valles Marines, um cânion com mais de 4 mil quilômetros de extensão e profundidades que atingem os 10 quilômetros (mais de 6 vezes a profundidade máxima do Grand Canyon, no Arizona). Foto: ESA/DLR/FU Berlin/G Neukum.

 

2 Aqui está a prova
Pelo confronto dessas três imagens os cientistas da ESA conseguiram obter a primeira confirmação direta da presença de gelo na superfície de Marte. A hipótese da presença de água já tinha sido formulada graças a algumas provas indiretas, mas ainda nenhuma missão tinha conseguido comprová-la. Tiradas através de espectômetro e de câmera fotográfica infravermelha, as 3 imagens trazem a "assinatura" química de moléculas de vapor de água no polo sul do planeta. À direita está a imagem visível; no centro, a notação de anidrido carbônico; à esquerda, a notação da água gelada. Os cientistas ainda ignoram a quantidade exata de gelo detectado e se se trata de gelo temporário ou permanente: como no momento da foto estava-se no verão marciano, pensa-se que se trata de gelo permanente.

 

3 Os canais hoje estão vazios

A bacia de Hellas, que é visível da Terra através de bons telescópios (ela é vista como uma mancha circular esbranquiçada no hemisfério sul do planeta), foi produzida pelo impacto de um pequeno asteroide na crosta de Marte quando o planeta ainda era jovem. Trata-se de uma depressão com diâmetro de cerca 2 mil quilômetros e profundidade de cerca 7 quilômetros. No seu interior encontra-se o Vale de Reull, do qual essa é apenas uma porção de cerca 100 quilômetros. A partir das fotos 3D tiradas pela sonda europeia conclui-se que se trata de um canal escavado, provavelmente pelo fluir da água. As zonas azuladas são apenas sombras.
Foto: © ESA/DLR/FU Berlin/G Neukum.

 

4 Voo rasante sobre Marte
A poderosa máquina fotográfica estereoscópica da Mars Express é capaz de revelar detalhes de apenas 2 metros de comprimento, mas este não é o caso da resolução desta foto, na qual cada pixel equivale a cerca 12 metros. O tamanho da imagem é no entanto suficiente para nos fornecer algumas particularidades do Valli Marinensis. Podemos perceber promontórios, planaltos e detalhes que indicam claramente a erosão causada pela água. Com as primeiras imagens, os especialistas alemães da missão já reconstruíram em 3D e em computador o solo de Marte. Foto: ESA/DLR/FU Berlin/G Neukum.

 

5 Estruturas tectônicas
Voando a uma altitude média de 275 quilômetros, Mars Express tirou esta foto na qual podemos ver as consequências do movimento das placas tectônicas em Marte. Diferente da Terra, a crosta marciana esfriou completamente e não possui mais movimento.
Foto: ESA/DLR/FU Berlin/G Neukum.

 

6 Vulcões extintos
Albor Tholus é um dos mais conhecidos vulcões marcianos: sua base mede 160 quilômetros de diâmetro e o seu cume supera 5 mil metros de altitude. As fotos em altíssima resolução permitiram compreender melhor a sua estrutura. Sobre o cume, com efeito, encontra-se essa profunda caldeira, com profundidade de 3 quilômetros, quase tanto quanto a altura do próprio vulcão. Trata-se de um particular muito raro de ser encontrado na Terra.
Foto: ESA/DLR/FU Berlin/G Neukum.

 

7 Lá em cima do planalto
Esta foto, obtida em 15 de janeiro de 2004, retrata – com as cores verdadeiras de Marte – um planalto com extensão de 7,5 quilômetros, erguido a 3 quilômetros de altura em relação ao terreno circundante.
Foto: ESA/DLR/FU Berlin/G Neukum.

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