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Mediterrâneo mais quente, Saara mais verde

Um Mediterrâneo mais quente transforma o árido Sahel – toda a parte sul do deserto do Saara - em uma zona mais úmida. O aumento da temperatura no mar leva mais chuva para essa região árida. Hoje, o Sahel é bem mais verde do que era há uma dezena de anos.

Um Mediterrâneo mais quente transforma o árido Sahel – toda a parte sul do deserto do Saara - em uma zona mais úmida. O aumento da temperatura no mar leva mais chuva para essa região árida. Hoje, o Sahel é bem mais verde do que era há uma dezena de anos. (Foto: Luis Pellegrini)
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Plantações mais bem organizadas segundo critérios agronômicos já começam a ser observadas na região do Sahel.

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Por: Equipe Oásis

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O aquecimento global é hoje uma realidade cientificamente comprovada que só os mais desavisados ousam contestar. Porém, quanto mais se desce a níveis locais, mais o discurso sobre as mudanças climáticas se enche de contradições. Se nos limitarmos a específicas regiões do planeta, nem todas as consequências são catastróficas para o meio ambiente e para o homem.

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É o caso do que está ocorrendo por causa do aumento das temperaturas do Mediterrâneo: uma primeira consequência dele é justamente o aumento das precipitações chuvosas na região do Sahel, uma faixa do território da África subsaariana (ou seja, que está logo abaixo do deserto) que se estende da costa atlântica do Senegal até a Eritreia, no Mar vermelho. Essa região, nos anos setenta, foi acossada por uma seca dramática que deu origem a crises hídricas e alimentares que produziram centenas de milhares de vítimas fatais.

 

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No mapa, a região subsaariana do Sahel.

 

Segundo uma pesquisa do Max Planck Institute, recém publicada na revista Nature Climate Change, temperaturas mais elevadas do Mediterrâneo oriental tiveram como consequência um aumento da evaporação. A umidade formada atinge com maior facilidade a borda meridional do Saara em concomitância com as monções de junho,  provocando chuvas mais intensas e prolongadas.

Mais umidade, mais chuvas

No Sahel, em geral chove de junho a setembro, enquanto no resto do ano prevalece a seca. A maior ou menor pluviosidade estacional é um fenômeno totalmente natural: durante o verão, as terras emersas se aquecem muito intensamente e isso provoca a subida de enormes volumes de ar quente que, desta forma, “sugam” o ar úmido do mar: como o ar marinho é mais rico em umidade, as chuvas serão mais intensas e contínuas.

Não é a primeira vez que as monções variam de intensidade: depois de um período relativamente úmido que ocorreu durante os anos entre 1950 a 1960, o Sahel experimentou uma fase de grave seca até a metade dos anos oitenta.

 

No Sahel, graças ao incremento do regime de chuvas, há nítida melhora das condições para a agricultura e a pecuária.

 

Logo a seguir, as chuvas voltaram a ser mais intensas. A pesquisa demonstrou que o aquecimento das águas do Mediterrâneo é o fator mais importante para a ocorrência de mais chuvas na região do Sahel”, afirma Daniela Mattei, do Max Planck Institute para a Meteorologia (Hamburgo, Alemanha), e “o atual aquecimento do mar, cuja origem pode ser antrópica (provocada pela mão do homem), está alimentando fortemente as chuvas de uma das áreas do planeta que apresentam maior risco de seca”.

O aquecimento do Mar Mediterrâneo apresenta também várias outras consequências muito menos benéficas, tais como o surgimento de várias espécies de peixes, crustáceos e algas que não existiam nessas águas e que agora conseguem nelas prosperar por causa do aumento das temperaturas médias. Entre essas espécies estão as barracudas, vindas do Atlântico equatorial, e os peixes-tigre, vindos do Mar Vermelho. Espécies agressivas e vorazes, elas atacam as espécies nativas colocando-as em risco.

 

 

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