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Poder

A Bastilha do PT

São Paulo, como disse Lula, nunca esteve tão perto. O que falta é definir o nome

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Com dez anos de poder na esfera federal e o controle de governos importantes, como a Bahia, o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul, além de mais de 600 prefeituras, incluindo a maior do País, em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores ainda não cumpriu sua missão histórica. Ela só terá sido realizada – pelo menos é assim que pensam seus dirigentes – quando for possível encerrar o ciclo de 20 anos do PSDB em São Paulo. Na semana passada, ao tomar uma vacina contra a gripe, o ex-presidente Lula vocalizou essa ambição e disse que o objetivo petista nunca esteve “tão perto”.

É assim, como um verdadeiro objeto de desejo, que o PT trata o Palácio dos Bandeirantes. Sua eventual conquista seria uma espécie de tomada da Bastilha, que permitiria ao partido avançar em seu projeto de transformação social – e também, é claro, de ocupação do Estado. Mais do que o centro nervoso da economia nacional, São Paulo é o único Estado que possui uma máquina política capaz de rivalizar com a que é hoje controlada pelos petistas. Num eventual cenário em que o PT consiga reeleger Dilma Rousseff e ainda fazer o novo governador de São Paulo, a hegemonia será completa, absoluta.

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Por isso mesmo, Lula e os cardeais do partido tratam a disputa paulista como algo tão estratégico – especialmente agora que o governador Geraldo Alckmin, alvejado pela crescente sensação de insegurança no Estado, não vive seu melhor momento. A experiência da eleição municipal em São Paulo, com a vitória de Fernando Haddad, sugere que a estratégia do “novo” poderá ser bem acolhida pelo eleitor. Nesse quadro, o ministro Alexandre Padilha, tão “bom moço” quanto Alckmin, parece ser a escolha ideal, tendo boa vantagem sobre concorrentes como o ministro Guido Mantega e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, também cogitados.

No entanto, a pesquisa Datafolha divulgada na semana passada, que aponta Marta Suplicy como a melhor prefeita de São Paulo nos últimos 30 anos aos olhos da população, já a coloca como potencial candidata ao cargo e reforça a percepção de que ela, vetada por Lula em 2012, também teria vencido a disputa municipal na capital paulista. Talvez com até mais facilidade do que Haddad. E Marta certamente apresentará seu nome, mais uma vez, ao partido. Dos veteranos, o único que poderia rivalizar com ela, Aloizio Mercadante, já tirou o time de campo, sinalizando que pretende trabalhar pela reeleição de Dilma.

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Afora isso, há ainda uma possibilidade que afastaria todos os outros candidatos do páreo: ele mesmo, Lula, que é o candidato dos sonhos do marqueteiro João Santana, em São Paulo. Ao tomar sua vacina, Lula afirmou que, embora o Palácio dos Bandeirantes esteja próximo, não é tempo de “precipitação”. Na sua tomada da Bastilha, o PT só terá sucesso se for capaz de construir a unidade interna e um amplo raio de alianças, com partidos como o PMDB e o PCdoB. Caso contrário, a oportunidade de ouro poderá escorrer pelos dedos.

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