Alckmin dá Saúde a Serra, que quer presidir PSDB
Geraldo volta a chamar ex-governador para ser seu secretário de Saúde; mais que uma retribuição a convite recebido em 2009, gesto de Alckmin, adiantado três semanas atrás por 247 (acima) e que está hoje na coluna de Ancelmo Gois, em O Globo, visa fazer do tucano candidato a senador em 2014 e fortalecer reeleição no Palácio dos Bandeirantes; pista nacional ficaria livre para Aécio Neves concorrer à Presidência; só um probleminha: Serra quer mesmo é ser presidente do PSDB e ainda não disse sim
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247 – O ex-governador José Serra está cada vez mais perto de encerrar seu período de ócio político, iniciado com a derrota para Fernando Haddad na eleição para prefeito de São Paulo, e retomar sua carreira. Agora como secretário estadual da Saúde. No dia 21 de dezembro, 247 adiantou que o governador Geraldo Alckmin já havia comunicado a Serra sua intenção de convidá-lo para o posto no primeiro escalão de seu governo. Nesta segunda-feira 7, o colunista Ancelmo Gois, de O Globo, dá conta de nova investida do governador no mesmo sentido.
Incluido no contexto de uma reforma no secretariado de Alckmin, Serra entraria para o governo paulista como forma de pavimentar sua própria candidatura a senador pelo PSDB em 2014. Ele concorreria em apoio à tentativa de Alckmin buscar a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes. O campo nacional, assim, ficaria livre para a candidatura do senador Aécio Neves à Presidência da República. O ex-presidente Fernando Henrique é o maior guru desta empreitada.
Há, porém, um problema – normal, quando se trata de José Serra envolvido em alguma articulação. Em reuniões preliminares, nas quais contou a coreligionários seus planos, que incluem, ainda, o resgate para o secretariado do ex-governador Alberto Goldman e do presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz, Alckmin ouviu o que não queria. No período de final de ano, quando Serra estava ainda em Nova York, em férias, um de seus interlocutores no PSDB disse a Alckmin que a intenção maior de chefe ainda é a de presidir nacionalmente o PSDB.
Essa alternativa, porém, não é aceita pelo grupo do senador Aécio. O mineiro acredita que, na posição de mando na máquina partidária, Serra não trabalharia pela candidatura em gestação, mas apenas para ele próprio voltar a ter chances de ser candidato a presidente. Alckmin, como bombeiro, insiste agora para que Serra abra espaço e aceite fazer um recuo estratégico dentro de São Paulo, onde aguardaria, no vistoso cargo de secretário da Saúde, uma eventual mudança de conjuntura política.
Ao convidar Serra, Alckmin retribui convite que ele próprio recebeu de Serra em 2009. Derrotado na eleição para prefeito de São Paulo no ano anterior, Alckmin foi para o primeiro escalão do então governador Serra. Agora, faz sua parte ao devolver a cortesia.
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