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Alckmin ganha o carimbo fatal: o de candidato do sistema

Além de suar para subir nas intenções de votos, o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, terá outra difícil missão: a de descolar a sua imagem do governo Michel Temer, marcado por profundos retrocessos sociais, bem como do mercado, que se viu contagiado com o apoio do "centrão" ao tucano; o ex-governador de São Paulo vem demonstrando ser o candidato do sistema e da continuidade da agenda golpista, que já mostrou o seu fracasso, seja no âmbito econômico ou social

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247 - Além de suar para decolar nas pesquisas de intenções de votos, o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, terá outra difícil missão: a de descolar a sua imagem do governo Michel Temer, marcado por profundos retrocessos sociais, e do mercado. O tucano ainda é visto como uma continuidade da agenda do atual governo, o mais impopular desde a redemocratização.

O ex-governador de São Paulo chegou a defender publicamente, por exemplo, a privatização das estatais federais, durante fórum da Veja em novembro do ano passado. Ou seja, o mesmo entreguismo posto em prática pela gestão Temer e que não tem respaldo popular. Um levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas para a Gazeta do Povo, divulgado em janeiro deste ano, apontou que 60,4% dos brasileiros são contra a venda de estatais pelo governo atual como forma de otimizar o crescimento econômico; 35,4% são favoráveis, e 4,2% não opinaram ou não sabem.

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Um reflexo de quanto a candidatura presidencial de Alckmin está atrelada ao mercado aconteceu na semana passada. Após a notícia de que o chamado "centrão" - DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade - apoiaria o tucano, os contratos futuros do Ibovespa com vencimento em agosto aumentaram 1,27%, aos 79.950 pontos, às 9h17 (horário de Brasília) da sexta-feira (20). O índice havia disparado 2,02% no pregão anterior por causa do apoio ao tucano.

Era cogitado o apoio do "centrão" ao presidenciável Ciro Gomes (PDT), mas algumas propostas do pedetista têm resistência nesse bloco partidário, como a revogação da reforma trabalhista. Em maio, durante evento com prefeitos e vereadores, Alckmin também disse que não pretendia revogar o 'Teto dos Gastos', que prevê o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos. "A solução vai ser o Brasil voltar a crescer para você poder melhorar a arrecadação e, por outro lado, reduzir despesa", afirmou.

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Na sexta (20), a Folha de S. Paulo publicou uma matéria apontando que, para o mercado, o "centrão" não tratá dificuldades para o tucano. "Teoricamente, é uma turma que poderia gerar desconfiança, mas o mercado demonstra entender que Geraldo Alckmin vai tomar as rédeas do negócio", afirmou Fabrício Stagliano, analista-chefe da Walpires Corretora, segundo relato do jornal paulista.

"Para investidores, uma esquerda ou um centro-esquerda fortes não seriam bons, e Alckmin, com toda a debilidade que tem de expressão e captação, seria o menos ruim. Estrategicamente, é uma ajuda, porque ele vai ganhar mais tempo de TV", disse Marco Tulli, da Coinvalores.

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Pois bem, as declarações de investidores citadas não surpreendem quando fazem referência a um presidenciável que não demonstra empatia com as causas sociais e que foi sócio do MDB para colocar em prática um projeto de poder, sem legitimidade popular, por meio de um golpe. Por enquanto, Alckmin vem sendo o candidato do sistema, o que significa continuidade da agenda golpista, que já demonstrou o seu fracasso, seja no âmbito econômico ou no social.

 

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