Bia Kicis usa verba pública para contratar empresa que divulga mentiras sobre urna eletrônica
Sem nenhum embasamento, a campanha falsa de Kicis chega a comparar a urna eletrônica brasileira a empresas que supostamente sofreram invasões de hackers, como Microsoft, Facebook, Nasa, além do STF
247 - Autora do projeto de lei que pretende instituir a volta do voto impresso nas eleições, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) tem investido tempo e dinheiro na empreitada. Integrante da tropa de choque do presidente Jair Bolsonaro na Câmara, ela contratou duas empresas para ajudar na divulgação de conteúdo sobre o projeto, muitas vezes com desinformação. A reportagem é do jornal O Globo.
A Inovatum Tecnologia da Informação, contratada em janeiro por Kicis por R$ 2 mil mensais com recursos da cota parlamentar, gerencia o grupo de Telegram “VotoImpressoAuditável”. Em dezembro, ela contratou a Gohawk Tecnologia da Informação, por R$ 4,5 mil, para criar uma página que permite o cadastro de apoiadores da iniciativa e acesso ao grupo de Telegram. No total, ela gastou até o momento R$ 12,5 mil da verba parlamentar na campanha pelo voto impresso.
A reportagem ainda informa que no grupo, criado em 7 de abril, 125 mil pessoas recebem diariamente vídeos, entrevistas e publicações de Kicis sobre o sistema eleitoral brasileiro, repletos de questionamentos sem evidências e descrença sobre o processo eletrônico. Num dos vídeos divulgados, a deputada sugere não existir garantia de que o voto do eleitor vá para o candidato escolhido.
"Depois que a gente colocou 'confirmar' o voto não está nem registrado. Você confirma e tem que rezar para o voto ir para o seu candidato", diz em um vídeo.
