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Bolsonaro quer 'colocar crise no colo dos governadores', diz analista

O presidente Jair Bolsonaro faz uma aposta arriscada com sua atuação durante a pandemia do coronavírus e tenta associar a vindoura crise econômica aos governadores, avalia especialista

João Doria, Rui Costa, Wilson Witzel, Flávio Dino, Paulo Câmara e Jair Bolsonaro (Foto: SECOM | Reuters)
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Da Agência Russa Sputnik News - Apesar das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a importância de medidas de isolamento social para minimizar os efeitos do coronavírus, Bolsonaro tem apostado na direção contrária do consenso científico. O presidente defende que a COVID-19 é apenas uma "gripezinha" e critica os governadores por implantarem práticas de quarentena.

"Alguns vão morrer, vão morrer, lamento, é a vida. Não pode parar uma fábrica de automóveis porque tem mortes no trânsito", falou Bolsonaro em entrevista para o Brasil Urgente, da Band, na sexta-feira (27). 

A cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), avalia que o presidente tenta fazer com que a crise econômica que será criada pela pandemia seja associada aos governos estaduais. 

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"Ele está jogando com algo que é seríssimo. Se muitas pessoas morrerem, ele não vai ter como se cacifar, mesmo jogando eleitoralmente, ou seja, ele está assinando embaixo também sua sentença de morte", diz Braga à Sputnik Brasil. 

Projeção do Imperial College prevê que caso o Brasil não adote nenhuma medida de isolamento social, a COVID-19 pode causar mais de um milhão de mortos no país. Já a previsão com medidas de afastamento social e testes massivos prevê 44,3 mil mortes.

Apesar da movimentação de Bolsonaro, Braga ressalta que o governador de São Paulo, João Doria, tem se fortalecido com os embates contra o presidente. "Doria se fortaleceu, ele foi para a linha de frente com esse último debate que a gente ouviu, tomando um posicionamento mais agressivo e propositivo em relação à crise", diz a professora da UFSCar. 

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O líder tucano afirmou que Bolsonaro precisa "dar o exemplo" e tem sido um crítico vocal do Governo Federal. 

Além do posicionamento de Doria, a cientista política também destaca a atuação do governador de Goias, Ronaldo Caiado, e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, como contraposição às medidas do Palácio do Planalto. 

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