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"Bretas interferiu nas eleições de 2018, favorecendo Witzel e deve responder por isto", afirma Felipe Santa Cruz

"O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, tem a obrigação de esclarecer as suspeições que pesam contra ele por ter conduzido de forma parcial os processos da Lava Jato do Rio. Deve também responder por ter interferido no processo eleitoral de 2018", defende Felipe Santa Cruz, presidente da OAB

Juiz Marcelo Bretas (Foto: ABR)
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Agênda do Poder - O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, tem a obrigação de esclarecer as suspeições que pesam contra ele por ter conduzido de forma parcial os processos da Lava Jato do Rio. Deve também responder por ter interferido no processo eleitoral de 2018, manipulando o andamento de ações de modo a favorecer o ex-juiz Wilson Witzel, à época seu amigo. A opinião é do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.

"Ele interferiu, sim, no resultado das eleições. Agendou depoimentos do ex-secretário de obras do Rio às vésperas do pleito; divulgou conteúdo das oitivas em momentos estratégicos. E não teve nenhum cuidado: logo após o segundo turno, viajou com Witzel para Brasília, num jatinho, exibindo gestos de vitória", afirmou Santa Cruz, em referência à decisão de Marcelo Bretas de estranhamente convocar o ex-secretário de obras de Eduardo Paes, Alexandre Pinto, para depor pela quarta vez, em outubro de 2018, a três dias do primeiro turno. 

O presidente da OAB defendeu o direito de defesa de Bretas diante das enormes suspeições sobre seu comportamento parcial, fato enfatizado inúmeras vezes pelo ministro Gilmar Mendes do STF.

"Embora ele nem sempre respeite o direto de defesa de outros, ele merece sim ter a oportunidade de esclarecer tudo isto".

Santa Cruz afirmou ainda que a operação autorizada por Marcelo Bretas contra escritórios de advocacia, no curso das investigações sobre supostas irregularidades no Sistema S decorrentes da delação do ex-presidente da Fecomércio Orlando Diniz, foi abusiva e ilegal. Segundo ele, o movimento de Bretas e do MPF contra os advogados ultrapassou todos os limites e pode ser configurado como uma aberração.

"Com certeza será anulado pelo STF. O ministro Nunes Marques (ele interrompeu o julgamento pedindo vistas) é um garantista. Tenho certeza de que ele também vai votar pela anulação de tudo aquilo", completou.

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