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Celso Amorim sobre saída da Celac: "a política de Bolsonaro é uma submissão total a Trump"

Ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim fez críticas à política externa de Jair Bolsonaro e especificamente sobre o anúncio do governo brasileiro da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). "A política de Bolsonaro é uma submissão total a Trump"

(Foto: 247)
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247 - Ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim fez críticas à política externa de Jair Bolsonaro e especificamente sobre o anúncio do governo brasileiro da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). Em entrevista ao portal Nodal (Notícias da América Latina e Caribe), ele afirma que "a política de Bolsonaro é uma submissão total a Trump".

"Em um de seus primeiros pronunciamentos sobre política externa, Bolsonaro disse que sua missão era destruir tudo. Eu acho que isso está acontecendo sistematicamente. Primeiro, foi a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), agora CELAC. O mesmo aconteceu com outras questões multilaterais, como a votação do embargo a Cuba, que não é apenas uma votação em Cuba, mas também no direito internacional", lembra o ex-chanceler.

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"O governo Bolsonaro, com a ajuda do ministro das Relações Exteriores, Araujo, está destruindo uma herança que foi criada não apenas nos governos de Lula e Dilma, mas também nos últimos 30 ou 40 anos; pelo menos desde o início da democracia, ainda que um pouco antes, porque no Brasil aconteceu uma situação diferente que já no governo militar começou a tomar medidas positivas, principalmente em termos de política externa", prosseguiu.

"Eu diria também que há um elemento de total submissão não apenas aos EUA, mas a Trump, porque há atitudes muito diferentes de vários governantes dos EUA. Por exemplo, Obama solicitou uma reunião com a UNASUL na Cúpula das Américas em 2009, porque era esperto o suficiente para perceber que, em um diálogo com a UNASUL, envolvia-se com Chávez Venezuela, com Evo Morales Bolívia, sem fingir que estava fazendo isso. Os círculos mais conservadores. No caso específico da política de Bolsonaro, é uma submissão total à política de Trump, a uma política que é xenófoba, que tem conotações ideológicas muito fortes, nas quais "America First" predomina de uma maneira muito radical que deixa de lado todas as outras considerações, especialmente o respeito ao multilateralismo, como foi visto agora em relação ao Irã. Eu acho que os EUA de Trump são incomodados pela CELAC, não apenas porque é a única organização em toda a região onde os EUA e o Canadá não estão, mas também porque seu programa inclui o diálogo com a China, a Rússia e outros países com visões diferentes. Mas isso não interessa a Trump, ele está interessado apenas em lealdade absoluta e é isso que Bolsonaro e Araújo querem provar", resgatou Celso Amorim.

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