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Celso ao 247: 'Não recusei, porque não fui convidado'

"Eu não poderia ter recusado porque não fui convidado nem sondado. Pelo respeito que tenho pela presidenta Dilma, não fiz qualquer movimento a meu favor ou a favor de qualquer outro nome para o Itamaraty. Os nomes que vejo citados são todos muito bons. Mas também em consideração à verdade e aos tantos jovens diplomatas que ingressaram na carreira em minha gestão, devo dizer que não me furtaria a servir o país, se convocado, alegando cansaço. Não estou doente nem cansado", disse o ministro da Defesa, Celso Amorim à colunista Tereza Cruvinel, sobre a possibilidade de retornar ao Itamaraty, que voltaria a ter uma política mais afirmativa

"Eu não poderia ter recusado porque não fui convidado nem sondado. Pelo respeito que tenho pela presidenta Dilma, não fiz qualquer movimento a meu favor ou a favor de qualquer outro nome para o Itamaraty. Os nomes que vejo citados são todos muito bons. Mas também em consideração à verdade e aos tantos jovens diplomatas que ingressaram na carreira em minha gestão, devo dizer que não me furtaria a servir o país, se convocado, alegando cansaço. Não estou doente nem cansado", disse o ministro da Defesa, Celso Amorim à colunista Tereza Cruvinel, sobre a possibilidade de retornar ao Itamaraty, que voltaria a ter uma política mais afirmativa (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Tereza Cruvinel

Após a confirmação de Juca Ferreira na Cultura, o que resta pendente na reforma ministerial da presidente Dilma, na véspera de sua posse para o segundo mandato, é o Itamaraty. Não procede, entretanto, a informação do jornal O Estado de São Paulo de que ela optou por manter Luiz Alberto Figueiredo depois de ouvir uma recusa do ex-chanceler Celso Amorim ao convite para voltar ao posto. Consultado há pouco pelo 247, ele negou que tenha recusado a hipótese alegando cansaço.

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– Eu não poderia ter recusado porque não fui convidado nem sondado. Pelo respeito que tenho pela presidenta Dilma, não fiz qualquer movimento a meu favor ou a favor de qualquer outro nome para o Itamaraty. Os nomes que vejo citados são todos muito bons. Mas também em consideração à verdade e aos tantos jovens diplomatas que ingressaram na carreira em minha gestão, devo dizer que não me furtaria a servir o país, se convocado, alegando cansaço. Não estou doente nem cansado.

Amorim já foi chanceler duas vezes, no governo Itamar e no Governo Lula, quando bateu recorde de permanência no cargo, ficando à frente do Itamaraty por oito anos. A notícia de sua suposta recusa (sobre a qual não foi ouvido) pode ter origem em setores do governo interessados em eliminar a possibilidade de seu retorno à pasta, abrindo caminho para outras escolhas. Ou ainda, em grupos que não gostaria de ver reeditada uma política externa mais proativa, fortalecendo o protagonismo do Brasil na arena externa, como a que ele executou em sintonia com Lula.

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Figueiredo é de fato criticado dentro e fora do governo por seu estilo retraído e pela fraca atuação do Itamaraty nas questões comerciais, numa fase adversa para a balança comercial brasileira. O ambiente interno no ministério é muito negativo, em função da perda de recursos e de relevância no governo Dilma. Mas embora tenha apreço pessoal por Figueiredo, ela estaria decidida a enfrentar as duas questões: a necessidade de fortalecer a política externa, especialmente na frente comercial e a de restaurar a autoestima e o sentido de relevância da diplomacia, hoje muito deprimida pelo sentimento de ostracismo. Para isso, terá que trocar de ministro, ainda que deixe para fazer isso depois da posse.

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