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Ciclo lavajatista do STF pode ter chegado ao fim, diz cientista político

O professor Christian Lynch afirmou que a decisão da Suprema Corte sobre o fim das prisões após condenação em segunda instância marca o fim das relações entre o Supremo e a Lava Jato e evidencia o isolamento de Jair Bolsonaro

Os ministros do STF Dias Toffoli e Gilmar Mendes (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
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247 - A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o fim das prisões após condenação em segunda instância pode ter macado o fim de um ciclo lavajatista na Corte, de acordo com Christian Lynch, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em entrevista à BBC News Brasil.

Lynch afirma que a partir de 2013 ministros do STF assumiram o papel do Congresso Nacional e, assim, do poder Legislativo, como objetivo de promover uma espécie de "avanço civilizacional", comportamento classificado pelo professor como "judiciarismo".

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"Esse movimento foi considerado um remédio contra um Legislativo e um Executivo corrompidos. Mas alguns juízes, promotores e advogados passaram a atuar como guardiões dos valores republicanos, com a intenção de tentar 'cassar' a classe política, e extrapolou as suas funções", diz o cientista.

A decisão do STF de pôr fim às prisçoes após condenação em segunda instância, e que beneficiou o ex-presidente Lula, marca o fim das relações entre a Suprema Corte e a Lava Jato, segundo Lynch. "Foi um acerto de contas com a operação, que já vinha se esboçando nos últimos dois anos, como reação à instabilidade política e à politização excessiva do Judiciário".

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O professor disse também que o episódio da segunda instância evidenciou a vontade dos ministros de "reequilibrar o balanço entre os poderes".

Christian Lynch falou ainda que a reviravolta mostra o isolamento de Jair Bolsonaro em relação ao Legislativo e Judiciário. "Bolsonaro percebeu que não tem a influência que imaginava ter no Supremo, como já não tem no Congresso. Esse isolamento tem várias causas, mas a principal delas é voluntária. É um Executivo que não gosta e não quer fazer política. O resultado disso é que os presidentes do Senado e da Câmara vão tocar a pauta legislativa com uma autonomia que não tinham desde o governo Itamar Franco."

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