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Com FHC para Academia, Sarney faz Ayres esperar

Jornalista Merval Pereira perde a chance, neste momento, de contar com ex-presidente do STF, que prefaciou seu livro 'Mensalão', no chá da Academia Brasileira de Letras; Ayres Britto, que finaliza lançamento de livro de poesias, almejava concorrer à primeira cadeira disponível; mas ex-presidente Sarney teve uma ideia diferente; ao lançar FHC, criou um fato marcante na Casa de Machado; dupla terá de esperar mais para sentar lado a lado na instituição

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247 - O jornalista Merval Pereira, do jornal O Globo e membro da Academia Brasileira de Letras, sem dúvida vai votar no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para ocupar a cadeira 36 da instituição. Não porque FHC será candidato único ou porque é tucano, mas mais provalmente pelo permanente enobrecimento da Casa de Machado etc.

No entanto, Merval é o maior derrotado, dentro da ABL, pela iminente entrada de Fernando Henrique pelas mãos do ex-presidente e também imortal José Sarney. Ocorre que Merval já despontava entre seus pares como cabo eleitoral do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Brito, para a mesma Academia. Autor do livro 'Mensalão – O dia a dia do mais importante julgamento da história política do Brasil', seu segundo trabalho (Merval tornou-se acadêmico com apenas uma obra, um livro que reúne suas colunas publicadas em O Globo), o jornalista teve Ayres Britto como autor do prefácio do trabalho.

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O fato de Mensalão, a obra, não ter figurado entre as mais vendidas, encalhando, na prática, nas livrarias, não é importante. Com a parceria, firmou-se entre Merval e Brito uma bela aliança. Com vistas à repercussão na ABL, Brito já tem tudo pronto para lançar um volume com suas poesias – e contava com o talentoso Merval para trabalhar por sua candidatura. Nada mais natural, de resto. Se Merval o convidou para prefaciar, como não o chamaria para entrar na famosa Casa? Não seria o gesto de um cavalheiro, quanto mais de um imortal.

O ex-presidente José Sarney, ciente, não gostou da articulação da dupla. Segundo amigos de Sarney no Maranhão, ele ainda lembra dos tempos em que Ayres, quando foi candidato pelo PT a deputado federal, em 1990, em Sergipe, surgia como uma possível nova liderança partidária no Nordeste. Naquela campanha, Ayres tornou-se conhecido como "Carlinhos do PT", mas não foi eleito.

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Nomeado por Lula para o STF, Ayres continua a sonhar em ser um acadêmico ao lado de Merval, a quem admira. Mas, agora, como Sarney se adiantou no lançamento à vaga cadeira 36, oferecendo o nome do já imbatível Fernando Henrique, Ayres terá de esperar uma próxima oportunidade. Ela ocorrerá, como sempre, apenas na morte de algum titular. Até lá, melhor seria, antes, seu amigo Merval procurar Sarney para o caso de querer dicas de quem realmente tem influência na Academia.

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