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Poder

Cresce no PT o movimento “Volta, Marta”

Datafolha revela que a candidatura de Fernando Haddad talvez seja invivel; antes de ser esmagada por Lula, Marta Suplicy tinha os mesmos 30% de Serra; se quiser um segundo turno, o PT s tem um caminho: pedir para que o ex-ministro desista

Cresce no PT o movimento “Volta, Marta” (Foto: Divulgação)
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247 – Eleição em São Paulo não é um jogo para principiantes. É isso o que revela a pesquisa Datafolha deste domingo. Enquanto lançou candidatos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso definiu como “japoneses”, o PSDB patinou na casa dos 2% ou 3%. Bastou colocar José Serra no quadro para disparar nas pesquisas e chegar aos 30%. Curiosamente, os mesmos 30% que Marta Suplicy tinha antes de ser esmagada – e humilhada – pelo ex-presidente Lula no processo que definiu a candidatura do desconhecido Fernando Haddad. Um nome que, na pesquisa deste domingo, aparece em sétimo lugar. Repita-se: sétimo, mas que posa como favorito (leia mais aqui).

O desastre nas hostes petistas é tão grande que já começa a tomar corpo o movimento “volta, Marta”. E ela, diga-se de passagem, manteve a coerência. Aceitou a imposição do partido, não atacou Haddad, mas apontou os erros do PT – especialmente a tentativa de atrair o apoio do adversário Gilberto Kassab. Com Haddad, o PT se encontra num beco sem saída: sem votos e sem discurso, uma vez que o candidato não terá como confrontar a atual administração municipal, a quem tentou se aliar. Com Marta, seria totalmente diferente. Ela e Serra são ex-prefeitos e poderão comparar o que fizeram pela cidade.

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Outro ponto importante é o estrago que a candidatura Haddad já provoca no governo Dilma. Dias atrás, a presidente foi às lágrimas porque teve que demitir o amigo Luiz Sérgio, no Ministério da Pesca, e convidar o evangélico Marcelo Crivella, do PRB. Assim, seria possível aplacar a ira religiosa contra Haddad e também tentar convencer Celso Russomano, do mesmo PRB, a desistir da candidatura em prol do candidato petista. Ora, mas por que um candidato que tem 19%, como Russomano, desistiria em favor de outro que estacionou nos 3%? E o mesmo poderá ser dito por Netinho de Paula, Gabriel Chalita e Paulinho da Força, que também aparecem na frente de Haddad, mas vêm sendo pressionados a retirar suas candidaturas.

Polarização

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Coincidentemente, a revista Época deste fim de semana publica uma reveladora nota na coluna do jornalista Felipe Patury. Ele informa que Marta Suplicy ainda acredita que será candidata, porque Fernando Haddad será forçado a desistir da candidatura, dada a sua aparente inviabilidade. Assim, o PT conseguiria, de fato, polarizar a disputa com o PSDB.

Embora a simulação não tenha sido feita pelo Datafolha, num cenário com Serra e Marta, ambos apareceriam próximos, disputando a primeira e a segunda colocação. E isso sim poderia fazer com que os partidos da base governista se aproximassem do PT. Os obstáculos, agora, são convencer Haddad, que perdeu o Ministério da Educação, e Lula, que apostou alto na candidatura do seu pupilo.

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