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Cresce número de empresários que aderem à via do fascismo

Cresce adesão de empresários que abraçam a via da alternativa fascista no Brasil e apoiam Bolsonaro; o último a aderir publicamente foi Sebastião Bomfim, dono da cadeia de lojas de artigos esportivos Centauro; ele une-se a Flávio Rocha (Riachuelo), Salim Mattar (Localiza), Meyer Nigri (Tecnisa) e ao ruralista Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente da UDR, entre outros; no fim dos anos 1960, grandes grupos empresariais financiaram centros de tortura do regime militar

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247 - Está crescendo o número de empresários que aderem à candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência e, com isso, abraçam a via da alternativa fascista no Brasil. O último empresário de maior expressão a aderir publicamente foi Sebastião Bomfim, dono da cadeia de lojas de artigos esportivos Centauro, uma das maiores redes varejistas do país. Ele une-se a Flávio Rocha, da Riachuelo, que desistiu de sua candidatura e agora apoia Bolsonaro e a Salim Mattar (Localiza), Meyer Nigri (construtora Tecnisa), Fabio Wajngarten (Controle da Concorrência) e ao ruralista Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente da UDR. No fim dos anos 1960, grupos de grandes empresários financiaram centros de tortura do regime militar.

Todos alinham o mesmo discurso para defender a opção por Bolsonaro: defesa da "ordem", combate ao PT e ultraliberalismo econômico, com o Estado deixando-os livres de qualquer amarra para sua ação empresarial. A candidatura do ex-capitão do Exército, que começa a colher os primeiros apoios entre grandes empresários, já conta com uma massa impressionante de apoiadores nos segmentos médio e pequeno do empresariado, nas cidades e no campo.  Entre os fazendeiros, o apoio a Bolsonaro cresce exponencialmente, por sua proposta de combate ao sem terra a tiros e liberação do uso de armas pelos ruralistas. 

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Bolsonaro arquivou a bandeiras clássica do nacionalismo e intervenção estatal na atividade econômica de corte fascista e abraçou o ultraliberalismo, deixando claro que manterá intocadas as regras da economia do país estabelecidas pelo governo Temer; em outubro, nos EUA, assegurou que, se eleito, manterá o país subordinado à agenda do governo norte-americano.

O candidato tem cortejado -e sido cortejado- por segmentos empresariais de peso. Em julho, acorreram a um encontro organizado por Abílio Diniz grandes empresários como Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco, David Feffer, presidente do conselho de administração da Suzano, José Roberto Ermírio de Moraes, membro do conselho do grupo Votorantim, Pedro Wongtschowski, presidente do conselho do Grupo Ultra, e Marcelo Martins, vice-presidente da Cosan.

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Durante a ditadura militar, o então presidente do Grupo Ultra, Albert Hening Boilesen, ajudou a fundar e financiou em 1969 a Operação Bandeirantes (Oban), um dos principais centros de tortura de opositores políticos. Boilesen participava pessoalmente de sessões de tortura e acabou morto por um comanda do grupo armado da Ação Libertadora Nacional (ALN) e do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) em São Paulo em 1979.

A ação do executivo do grupo Ultra na articulação de centros de tortura durante a ditadura não foi solitária. O Arquivo Público de São Paulo revelou em 2013 os registros de entrada de empresários na sede do Departamento de Ordem Pública (Dops), que no estado era outro dos centros oficiais de tortura.

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Foi expressivo o fluxo de dinheiro para a repressão, a partir de coletas na Fiesp e em reuniões promovidas por Gastão de Bueno Vidigal (Banco Mercantil de São Paulo), João Batista Leopoldo Figueiredo (Itaú e Scania), Paulo Ayres Filho (Pinheiros Produtos Farmacêuticos). Além do Grupo Ultra, Ford, Volkswagen, Chrysler e Supergel auxiliaram na infraestrutura, fornecendo carros blindados, caminhões e até refeições pré-cozidas para os centros de repressão e tortura. 

Em dezembro de 1970, o chefe do Estado-Maior do II Exército, general Ernani Ayrosa, abriu o quartel para homenagear alguns dos seus mais destacados colaboradores. Convidou Henning Boilesen e Pery Igel (Ultra), Sebastião Camargo (Camargo Corrêa), Jorge Fragoso (Alcan), Adolpho da Silva Gordo (Banco Português), Oswaldo Ballarin (Nestlé), José Clibas de Oliveira (Chocolates Falchi), Walter Bellian (Antarctica), Ítalo Francisco Taricco (Moinho Santista) e Paulo Ayres Filho (Pinheiros Farmacêutica), entre outros.

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O mesmo espírito que animou empresários no auge do regime militar, no final dos anos 1960, começa a congregar vários deles ao redor de Bolsonaro.

 

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GFK

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