De olho em 2018, Maia estica a corda com Temer
Sentindo-se preterido da mesa de negociação dos caciques do governo e com necessidade de se reposicionar no cenário em que Temer salva seu mandato, Maia começou a agir com indisposição em relação ao peemedebista; a mudança de tom, porém, despertou ainda mais desconfiança no Planalto –que o trata como um político imaturo– e dúvidas entre integrantes do mercado financeiro, nicho em que Maia circulava com facilidade
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247 - "Sou vaidoso como qualquer um. Adoro ser elogiado, mas sei do meu tamanho." Na noite de terça-feira (17), de seu gabinete na presidência da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) explicava a aliados a razão de não se considerar um problema para o Palácio do Planalto.
Pessoas próximas sustentam em três pilares o prognóstico da oscilação no comportamento de Maia desde o dia 2 de agosto, quando Temer conseguiu se livrar da primeira denúncia contra ele no plenário da Câmara.
O deputado julga-se credor do governo pelo resultado, não se sentiu recompensado pelo Planalto –ao contrário– e viu frustradas suas previsões de que o peemedebista teria mais dificuldade para barrar a segunda acusação contra ele, por obstrução de Justiça e organização criminosa.
Sentindo-se preterido da mesa de negociação dos caciques do governo e com necessidade de se reposicionar no cenário em que Temer salva seu mandato, Maia começou a agir com indisposição em relação ao peemedebista.
A mudança de tom, porém, despertou ainda mais desconfiança no Planalto –que o trata como um político imaturo– e dúvidas entre integrantes do mercado financeiro, nicho em que Maia circulava com facilidade.
Dirigentes do DEM e parte do séquito do presidente da Câmara garantem que ele não criará um cenário catastrófico, de obstrução à agenda proposta por Temer.
Usará, porém, de um argumento numérico para se colocar como o condutor dessas medidas no lugar do presidente: o governo terá apoio para barrar a segunda denúncia com cerca de 30 votos a menos do que os 263 que conseguiu da primeira vez, mas não poderá mais contar com uma base aliada robusta para comandar o Legislativo.
As informações são de reportagem de Marina Dias na Folha de S.Paulo.
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