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Dilma agradece parlamentares franceses: “somos todos democratas”

Presidente escreve resposta ao manifesto publicado no jornal Le Monde subscrito por parlamentares franceses, encabeçado pelo senador Patrick Abate, que pede à comunidade internacional que condene o golpe de estado no Brasil; "Minha voz está sendo ouvida. No país e no exterior, surgem manifestações reforçando o que tenho repetido: o Brasil sofre uma tentativa de golpe de Estado. Quero agradecer aos parlamentares franceses que se posicionaram contra a tentativa de golpe parlamentar no Brasil. Faço em meu nome e daqueles que defendem a democracia e o respeito à vontade popular aqui no Brasil", afirma Dilma Rousseff; "A história saberá reconhecer a coragem de lutar pela justiça social e pelos melhores valores humanistas: liberdade, igualdade e fraternidade", diz ela

Presidente escreve resposta ao manifesto publicado no jornal Le Monde subscrito por parlamentares franceses, encabeçado pelo senador Patrick Abate, que pede à comunidade internacional que condene o golpe de estado no Brasil; "Minha voz está sendo ouvida. No país e no exterior, surgem manifestações reforçando o que tenho repetido: o Brasil sofre uma tentativa de golpe de Estado. Quero agradecer aos parlamentares franceses que se posicionaram contra a tentativa de golpe parlamentar no Brasil. Faço em meu nome e daqueles que defendem a democracia e o respeito à vontade popular aqui no Brasil", afirma Dilma Rousseff; "A história saberá reconhecer a coragem de lutar pela justiça social e pelos melhores valores humanistas: liberdade, igualdade e fraternidade", diz ela (Foto: Gisele Federicce)
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247 – A presidente eleita Dilma Rousseff publicou nesta terça-feira 19 uma resposta ao manifesto subscrito por parlamentares franceses que pede à comunidade internacional que condene o golpe de estado no Brasil. O texto, encabeçado por Patrick Abate, senador de Moselle pelo CRC, foi publicado no jornal Le Monde no último dia 14 (leia mais aqui).

"Minha voz está sendo ouvida. No país e no exterior, surgem manifestações reforçando o que tenho repetido: o Brasil sofre uma tentativa de golpe de Estado. Agora, na França, uma das inspirações da democracia para o mundo, representantes do povo, eleitos pelo voto popular, ressaltam que o Brasil vive um momento delicado. A democracia brasileira está ferida", escreve Dilma, em seu site.

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"Quero agradecer aos parlamentares franceses que se posicionaram contra a tentativa de golpe parlamentar no Brasil. Faço em meu nome e daqueles que defendem a democracia e o respeito à vontade popular aqui no Brasil. A história saberá reconhecer a coragem de lutar pela justiça social e pelos melhores valores humanistas: liberdade, igualdade e fraternidade", completa a presidente.

Leia abaixo a íntegra do texto de agradecimento:

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Dilma a parlamentares franceses: obrigada, somos todos democratas!
19 DE JULHO DE 2016
Merci, messieurs les parlementaires

O mundo assiste estupefato às tentativas vãs de interrupção de um governo eleito democraticamente pelo voto de 54,5 milhões de brasileiros. Mas não assiste calado ao atropelo da nossa jovem democracia.

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Na última quarta-feira (13), um grupo de 27 senadores e deputados franceses denunciou ao mundo, pelas páginas do jornal Le Monde, o "golpe baixo parlamentar" promovido contra o meu governo.

Os parlamentares que subscrevem o manifesto, encabeçado por Patrick Abate, senador de Moselle pelo CRC, pedem à comunidade internacional que condene o golpe de estado no Brasil.

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E alertam: "Seria grave para todo o subcontinente que o maior país da América Latina mergulhe em um impasse político, econômico e social".

Tenho dito que meu sentimento é de injustiça. Sou vítima de uma injustiça cometida por setores do parlamento, por segmentos da mídia oligopolista, por uma parte da elite brasileira que não respeita as urnas e a vontade do povo brasileiro.

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A vontade de 54,5 milhões de brasileiros foi ignorada em nome de um pretenso governo de salvação nacional que na verdade busca interromper conquistas sociais e deter investigações contra a corrupção.

O caráter republicano de minha conduta como presidenta nunca foi questionado. Não tenho contas no exterior, não cometi atos de corrupção e nem enriqueci. Ninguém tem provas contra mim, a despeito do esforço da oposição golpista e de setores da imprensa brasileira, que mantêm uma campanha sistemática contra mim, acusando-me de maneira injuriosa desde o início do meu segundo governo.

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Há 60 dias, um governo ilegítimo, liderado pelo vice-presidente Michel Temer, meu ex-companheiro de chapa que se revelou um traidor da vontade popular, tenta impor ao país uma agenda conservadora, regressiva e sem legitimidade. Não passou pelo crivo das urnas e nem da sociedade brasileira.

A Presidência da República do Brasil foi usurpada. É usada hoje para implantar uma agenda de ataque frontal aos direitos dos trabalhadores, aos segmentos populares e contra os interesses do país. Em nome de uma política fiscal rigorosa, querem congelar investimentos em saúde e educação por 20 anos, vender o patrimônio público e entregar nossas riquezas. Isso é inaceitável.

Estamos denunciando a fraude no processo de impeachment – aberto sem indícios ou qualquer prova de crime de responsabilidade – e o caráter golpista do governo provisório, ilegítimo e interino desde o início.

Minha voz está sendo ouvida. No país e no exterior, surgem manifestações reforçando o que tenho repetido: o Brasil sofre uma tentativa de golpe de Estado.

Agora, na França, uma das inspirações da democracia para o mundo, representantes do povo, eleitos pelo voto popular, ressaltam que o Brasil vive um momento delicado. A democracia brasileira está ferida.

Quero agradecer aos parlamentares franceses que se posicionaram contra a tentativa de golpe parlamentar no Brasil. Faço em meu nome e daqueles que defendem a democracia e o respeito à vontade popular aqui no Brasil.

A história saberá reconhecer a coragem de lutar pela justiça social e pelos melhores valores humanistas: liberdade, igualdade e fraternidade.

Merci, sénateurs et députés. Nous sommes tous Démocrates.

Meu reconhecimento e agradecimento a Patrick Abate, senador de Moselle (CRC); Aline Archimbaud, senadora de Seine-Saint-Denis (Les Verts); Eliane Assassi, senadora de Seine-Saint-Denis e Presidenta CRC; Marie-France Beaufils, senadora de Indre-et-Loire (CRC); Esther Benbassa, senadora de Val-de-Marne (EELV); Michel Billout, senador de Seine-et-Marne (CRC); Marie Blandin, senadora do Norte (groupe écologiste); Eric Bocquet, senador do Norte (CRC); Jean-Pierre Bosino, senador de Oise (CRC); Corinne Bouchoux, senadora de Maine-et-Loire (groupe écologiste); Laurence Cohen, senadora de Val-de-Marne (CRC); Cécile Cukierman, senadora da Loire (CRC); Ronan Dantec, senador da Loire-Atlantique (EELV); Annie David, senadora de Isère (CRC); Karima Delli, deputada europeia (EELV); Michelle Demessine, senadora do Norte (CRC); Evelyne Didier, senadora de Meurthe-et-Moselle (CRC); Christian Favier, senador de Val-de-Marne (CRC); Thierry Foucaud, senador de Seine-Maritime (CRC); Brigitte Gonthier-Maurin, senadora de Hauts-de-Seine (CRC); Pierre Laurent, secretário nacional do PCF e senador de Paris (CRC); Michel Le Scouarnec, senador de Morbihan (CRC); Noël Mamère, deputado de Gironde (groupe écologiste); Christine Prunaud, senadora de Côtes-d'Armor (CRC); Jean-Louis Roumégas, deputado de Hérault (groupe écologiste); Bernard Vera, senador de Essone (CRC); Paul Vergès, senador daRéunion (CRC); e Dominique Watrin, senador de Pas-de-Calais (CRC).

Dilma Rousseff
Presidenta da República do Brasil

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