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Dilma critica ‘incompetência’ do governo Bolsonaro: por que não há testes? Querem encobrir o quê?

Vídeo - “Um país que foi capaz de produzir avião e plataforma não ter testes suficientes?”, indaga a ex-presidente, que destaca a “incompetência” do “governo como um todo” em não ter um plano para proteger a população. Ela também defende que a crise do coronavírus tem que servir para “enterrar de vez o neoliberalismo”

(Foto: Agência Brasil | Reuters)
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247 - Em participação no programa “Café com o MST - Especial Quarentena Sem Terra”, transmitido pelo Youtube, a ex-presidente Dilma Rousseff fez uma análise econômica da situação do Brasil durante o isolamento social, apresentou propostas e fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro na condução da crise do coronavírus. Participaram também da transmissão o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) e o dirigente nacional do MST João Paulo Rodrigues.

Um questionamento feito de forma enfática por Dilma foi sobre a falta de testes e de preparo do governo para enfrentar a crise. “Um país que foi capaz de produzir avião e plataforma não ter testes suficientes para saber como é que age, como é que se conduz diante da pandemia? Outro aspecto é a incompetência absoluta do governo Bolsonaro, e aí é o governo como um todo. Não dá pra dizer ‘ah, aquele é melhorzinho’. Por que não há testes? Querem encobrir o quê? Querem encobrir a quantidade de mortes?”, perguntou, fazendo uma provocação indireta ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, elogiado até por parte da esquerda.

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Sobre as soluções econômicas contra a crise, Dilma propôs: “o que o governo tem que fazer é emitir dívida, como todos os países ricos estão fazendo. A base tributária está comprometida. Quando a gente sair da crise a gente vai ter que tributar patrimônio, grandes fortunas, ganhos de capital. Agora não tem como fazer isso porque está tudo parado. Só tem dois jeitos de se financiar: imposto e se endividando. O Estado não é uma família”.

Para ela, “uma das coisas para as quais essa crise do coronavírus tem que servir é para a gente enterrar de vez o neoliberalismo”. “Precisamos exigir que o Estado rompa com a política neoliberalista, com essa política do teto de gastos, e se endivide para impedir que as pessoas percam renda”, defendeu. “Temos que impedir que a saída seja a austeridade fiscal”, acrescentou.

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Dilma também defendeu a “reconversão industrial” para produção de alguns produtos necessários no combate à pandemia. “Como um país que pode produzir avião-plataforma, o país que mais produz etanol no mundo não consegue produzir respiradores e álcool em gel?”.

Indagada sobre as propostas para o campo, voltadas principalmente para os pequenos produtores rurais, a ex-presidente ressaltou a importância de os pequenos agricultores consigam pagar suas dívidas. “Se fossem os grandes, já estariam perdoadas”. Ela defendeu também uma “mobilização popular” contra a especulação do preço do alimento. “Se for necessário, tem que fechar supermercados que fazem isso”.

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