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Dilma denuncia golpe ao mundo

Em entrevista ao vivo para emissoras de 56 países, presidente Dilma Rousseff afirma que esse processo não é de impeachment, mas a tentativa de eleição indireta; segundo ela, o golpe não vai trazer estabilidade política para o país porque rompe a base da democracia: “É o golpe em que se usa de uma aparência de processo legal e democrático para perpetrar um crime que é a injustiça. Praticam comigo o jogo do “quanto pior, melhor”. Pior para o Brasil, melhor para a oposição. E praticam isso por meio de pautas-bomba. Também me sinto injustiçada por não me permitirem que governasse num clima de estabilidade política. Saio dessa questão dos atos com a  consciência tranquila porque pratiquei atos que são praticados por todos os presidentes da República”

Brasília - DF, 19/04/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante coletiva de imprensa. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Roberta Namour)
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247 – Em entrevista ao vivo para emissoras de 56 paises, a presidente Dilma Rousseff denunciou o golpe em curso no Brasil e disse que crise econômica não justifica afastamento de presidente da República.

“É o golpe em que se usa de uma aparência de processo legal e democrático para perpetrar um crime que é a injustiça. Praticam comigo o jogo do “quanto pior, melhor”. Pior para o Brasil, melhor para a oposição. E praticam isso por meio de pautas-bomba. Também me sinto injustiçada por não me permitirem que governasse num clima de estabilidade política. Saio dessa questão dos atos com a consciência tranquila porque pratiquei atos que são praticados por todos os presidentes da República”, disse.

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“A criação de um crédito suplementar não significa a criação de despesa. O que está em questão nesse processo são as minhas contas em 2015. Temos, infelizmente, uma perda de empregos que não tem esse montante, mas cerca de 2,4 milhões, o que é uma lástima. Atribuem a mim a crise dos países desenvolvidos, a queda de commodities e agora a perda de 10 milhões de empregos. Não foi bem assim”, afirmou.

Ela ressaltou que não é investigada em nenhum processo de corrupção. "Assisti ao longo da noite de ontem todas as intervenções e não vi uma discussão sobre o crime de responsabilidade. Eu recebi 54 milhões de votos e me sinto indignada com a decisão que recepcionou a questão da admissibilidade do meu impeachment. Os atos pelos quais me acusam foram praticados por outros presidentes antes de mim e não se caracterizaram como ilegais ou criminosos", acrescentou.

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Leia reportagem da Agência Brasil sobre o assunto:

Dilma Rousseff: Brasil tem um “veio golpista adormecido”

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Ana Cristina Campos e Yara Aquino – Repórteres da Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (19) que o Brasil tem um “veio golpista adormecido” e que não houve um presidente após a redemocratização do país que não tenha tido um processo de impedimento no Congresso Nacional.

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“Se nós acompanharmos a trajetória dos presidentes no meu país no regime presidencialista a partir de Getúlio Vargas, nós vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos. Tenho certeza que não houve um único presidente depois da redemocratização do país que não tenha tido processos de impedimento no Congresso Nacional. Todos tiveram”, afirmou Dilma, em entrevista a veículos estrangeiros no Palácio do Planalto.

Dilma também ressaltou que se crise econômica fosse argumento “para tirar presidente da República não teria um único presidente da República nos países desenvolvidos que sobrevivesse à profunda crise econômica com desemprego”. Para ela, não é por causa da crise econômica que está ocorrendo a crise política.

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A presidenta destacou que a crise atual está acontecendo pelo fato de a eleição de 2014 ter sido vencida por uma margem estreita, de pouco mais de 3 milhões de votos. A petista recebeu 54 milhões de votos. “Essa eleição perdida por essa margem tornou no Brasil a oposição derrotada bastante reativa a essa vitória e por isso começaram um processo de desestabilização do meu mandato desde o início dele. Este meu segundo mandato, há 15 meses, tem o signo da desestabilização política”, afirmou.

Os deputados aprovaram neste domingo (17), por 367 votos a favor e 137 contra, o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidenta Dilma. Em uma entrevista concedida à imprensa ontem (18), Dilma disse se sentir indignada e injustiçada com a decisão da Câmara dos Deputados.

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Se a admissibilidade do afastamento for aprovada também pelos senadores, a presidenta será afastada do cargo por até 180 dias, enquanto o Senado analisa o processo em si e define se Dilma terá o mandato cassado.

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