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Dilma: “Há interesses escusos em querer inviabilizar empresas”

Na conferência "O assalto à democracia no Brasil e na América Latina", durante abertura de seminário em Sevilla, na Espanha, nesta quarta-feira 25, Dilma Rousseff disse não ser "algo gratuito" a inviabilização da participação de empresas brasileiras em licitações como as que tem feito a Petrobras recentemente; "É muito importante ter clareza de que há interesses eminentemente escusos em querer inviabilizar empresas. Não é algo gratuito", afirmou; Dilma disse ainda que o golpe parlamentar que a tirou do poder "foi feito com uma grande campanha de mídia" e destacou que no atual cenário político brasileiro "há um desequilíbrio sistêmico a partir do golpe, com desrespeito entre os vários poderes"

dilma (Foto: Gisele Federicce)
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247 – A presidente deposta Dilma Rousseff apontou "interesses escusos" em querer inviabilizar empresas brasileiras a participar de grandes licitações no País, como as que tem aberto a Petrobras, sob o novo comando de Pedro Parente no governo de Michel Temer.

As declarações foram feitas na conferência inaugural "O assalto à democracia no Brasil e na América Latina", na abertura do seminário "Capitalismo neoliberal, democracia sobrante", realizado nesta quarta e quinta-feira em Sevilla, na Espanha, com a presença de acadêmicos, juristas, políticos e intelectuais de vários países.

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"É muito importante ter clareza de que há interesses eminentemente escusos em querer inviabilizar empresas. Não é algo gratuito. Não digo que toda a investigação seja assim, mas digo que não se pode ser assim. Não se pode usar a corrupção como instrumento político de destruição de quem eles consideram inimigos", afirmou, fazendo referência à Operação Lava Jato.

"O Brasil tem grandes empresas construtoras. Nos Estados Unidos, na Europa e em todos os lugares do mundo se combate a corrupção não destruindo as empresas, mas prendendo os executivos. Eles têm que ser punidos, não as empresas, que são instituições nem os partidos também", exemplificou.

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"Ocorre que hoje as empresas brasileiras de construção estão sem dúvida alguma interditadas", prosseguiu. "Aí algo muito interessante acontece. A Petrobras abre um processo licitatório recente. Quem comparece? Nenhuma das grandes empresas brasileiras. Por quê? Porque estão presas (impedidas). Aparecem grandes empresas internacionais de construção. E isso é simples: entra na internet, coloca o nome da empresa e o nome corrupção ao lado. Aparecerão todos os processos pelos quais elas foram julgadas. Estão inteiras participando", disse.

Recentemente, a Petrobras abriu uma licitação em que permitiu a participação de uma empresa argentina investigada na Lava Jato, mas impediu a participação de empresas brasileiras por serem investigadas por corrupção. Em nota divulgada nessa semana, o presidente da estatal, Pedro Parente, defendeu a escolha de empresas estrangeiras para firmar contratos com a petroleira.

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Em sua fala, Dilma disse que o processo de impeachment que a tirou do poder "foi feito com uma grande campanha de mídia". Ela também destacou que no atual cenário político brasileiro "há um desequilíbrio sistêmico a partir do golpe, com desrespeito entre os vários poderes". E defendeu um "novo pacto democrático" com "o presidente que surgir das urnas", porque este "será legítimo". "Não há possibilidade de um pacto com esse governo que está aí, porque ele é ilegítimo".

A ex-presidente voltou a defender a candidatura do ex-presidente Lula à presidência da República em 2018. "Há uma pessoa com grandes chances de surgir das urnas, que é Lula da Silva. Lula é um grande perigo para os golpistas, porque tem toda sua carta de realizações", disse. Pela primeira vez, ela disse que não disputará o governo.

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Assista outro trecho de sua fala:

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