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Eliana Calmon defende mais rigor em penalidades a juízes

Defesa foi feita em comisso do Senado, nesta tera; hoje, a pena mxima que o Conselho Nacional de Justia pode aplicar a aposentadoria compulsria, com vencimentos proporcionais

Eliana Calmon defende mais rigor em penalidades a juízes (Foto: Jose Cruz/Agencia Brasil)
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Fernando Porfírio _247 - A ministra Eliana Calmon criticou nesta terça-feira (28) os magistrados desonestos e disse que desembargador é mais danoso que juiz de primeiro grau. De acordo com a ministra, a maior dificuldade do CNJ é julgar juizes de segundo grau. “Estes são os mais deletérios quando se enveredam no mal”, afirmou.

A corregedora nacional de Justiça participou de audiência publica na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O encontro debateu proposta de emenda à Constituição para assegurar mais poderes ao Conselho Nacional de Justiça.

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Eliana Calmon também criticou as corregedorias locais, onde, segundo ela, há sempre muita dificuldade de investigar juizes. “Há um ranço de uma civilização bonapartista”, disse a ministra.

“Se o desembargador tem liderança e simpatia do colegiado – os malandros são extremamente simpáticos – o tribunal não tem condições sequer de julgar”, disse. “Não tenho medo dos maus juízes, mas tenho medo dos bons juízes que se calam na hora do julgamento”.

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A corregedora afirmou que o CNJ não é um tribunal de exceção que não garante ampla defesa. Segundo ela, é um órgão que investiga sigilosamente, e, se houver necessidade de sindicância, é o plenário quem vai tomar essa decisão.

A ministra classificou como “maravilhosa” a recente decisão o Supremo Tribunal Federal (STF), que deu plenos poderes ao CNJ para investigar magistrados suspeitos de praticar irregularidades.

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Eliana Calmon também defendeu maior rigor nas penalidades previstas a juízes acusados de irregularidades. Hoje a pena máxima que o CNJ pode aplicar é a aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais.

Há uma proposta em tramitação no Congresso Nacional que prevê perda do cargo ou cassação da aposentadoria de magistrados condenados por corrupção.

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A corregedora também disse ser contra o foro privilegiado, que hoje garante a parlamentares, por exemplo, serem julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

As afirmações de Eliana Calmon acontecem em meio às repercussões da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a prerrogativa do CNJ de investigar magistrados suspeitos de praticar irregularidades. Apesar desse entendimento do STF, parlamentares e juristas defendem que as competências do CNJ sejam explicitadas em texto legal com uma emenda à Constituição.

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A PEC é de autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). De acordo com o autor do texto, o conselho deve ter as mesmas competências de um juiz. “O CNJ é um órgão do Poder Judiciário e sua decisão é judicializada. Então, a PEC passa a autorizar o CNJ, com aprovação do plenário, a quebrar os sigilos”, defende o senador.

A ministra disse que a competência do CNJ, prevista em regimento interno do Conselho, é transitória e que a PEC pode chancelar de vez os poderes do órgão. O regimento diz que o conselho pode “requisitar das autoridades fiscais, monetárias e de outras autoridades competentes informações, exames, perícias ou documentos, sigilosos ou não”.

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