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Em nota, Marina diz não querer governo do DF

Ex-ministra de Lula, ex-PT, ex-PV e ex-candidata à presidência em 2010 quer protagonizar as eleições de 2014; para isso, se articula com deputados nos principais Estados e estuda até a candidatura ao governo do Distrito Federal, onde ganhou de Dilma (41,9% a 31,7%) e Serra (24,3%); mas ela diz, em nota, que não pretende mudar seu domicílio eleitoral; será mesmo?

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247 - Surpresa na reta final das eleições de 2010, quando para muitos foi a maior responsável por levar o pleito para o segundo turno, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva não desistiu da ideia de protagonizar a política brasileira. Agora, Marina, ex-PT e ex-PV, articula com lideranças de vários estados e estuda até lançar-se na disputa do governo do Distrito Federal. Em nota oficial, porém, a ambientalista disse não ter intenção de mudar seu domicílio eleitoral.

"Em razão da reportagem publicada hoje (04/01) pelo jornal Correio Braziliense sob o título “Marina espera criar partido e estuda disputar eventual candidatura no GDF”, reafirmo o que já disse em diversas ocasiões, inclusive por meio de nota à imprensa, de que não vou mudar meu domicílio eleitoral. 

Respeito os eleitores de Brasília, sou grata pela confiança demonstrada nas urnas em 2010, mas nunca cogitei concorrer a um cargo público pelo Distrito Federal.

Como disse recentemente em entrevista ao Jornal da CBN, prosseguem as conversas com pessoas, grupos e movimentos sociais sobre a criação de um partido político. Essa decisão será tomada coletivamente, até o mês de fevereiro."

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Eleitoralmente, no entanto, a tática de concorrer ao GDF faz sentido. Mais até do que os quase 20 milhões de votos obtidos na disputa nacional, chamou a atenção a performance da ex-senadora em praças importantes, como Belo Horizonte e Brasília, onde venceu no primeiro turno. Particularmente no Distrito Federal, Marina foi além dos prognósticos mais otimistas de seus aliados, ao somar 611,3 mil votos, ou 41,96% do total -- a então candidata do PV ficou na frente de Dilma Rousseff (31,7%) e de José Serra (24,3%).

A ex-ministra conta com pelo menos 14 deputados que estariam alinhados com as propostas de seu novo partido, que ainda não tem nome.

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Leia a reportagem de Karla Correia publicada no Correio Braziliense

Ainda amparada pelo capital político dos quase 20 milhões de votos obtidos na disputa presidencial de 2010, Marina Silva passará janeiro e parte de fevereiro empenhada em engrossar as fileiras do partido que pretende lançar com foco nas eleições de 2014. Ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, ela espera consolidar uma bancada de 14 parlamentares que, segundo "marineiros", já teriam se mostrado alinhados com os planos de criação da sigla. Marina trabalha com um calendário apertado para a oficialização do partido, que terá de sair do papel até outubro para poder disputar cargos no próximo ano. Entre as possibilidades, discute-se até uma eventual candidatura ao Governo do Distrito Federal (GDF).

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Na mira de Marina estão nomes como os dos deputados Alessandro Molon (PT-RJ), Reguffe (PDT-DF) e Walter Feldman (PSDB-SP). "Até fevereiro, nós devemos ter uma conversa definitiva sobre esse tema", diz o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), um dos parlamentares sondados pela ex-ministra. Os senadores Randolfe Rodrigues (PSol-AP) e Cristovam Buarque (PDT-DF) também são citados por apoiadores de Marina como quadros desejados pela cúpula da futura legenda. Apesar de ainda não ter nome, o partido será pautado por temáticas ambientais e voltadas para a ética.

O projeto é acalentado por Marina desde meados de 2011, quando se desfiliou do PV em meio a uma série de desavenças com caciques da legenda pela qual se lançou candidata a presidente da República. O Movimento por uma Nova Política, lançado na sequência de sua saída do PV, agremia os simpatizantes do ideário da ex-ministra. "Existem muitos militantes descontentes com a estrutura de seus respectivos partidos e buscando algo novo. É em cima desse clima de descontentamento, dessa necessidade de uma nova proposta na política, que nós estamos trabalhando", diz Pedro Ivo Batista, um dos principais apoiadores de Marina e assessor do instituto que leva o nome da ex-ministra.

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Uma das alternativas no caminho do novo partido seria uma fusão com o oposicionista PPS, que deve reafirmar sua proposta a Marina na próxima semana, durante a primeira reunião da sigla neste ano. A princípio, a ideia é descartada pela ex-ministra. "A posição da maioria dos marineiros é que as estruturas partidárias que existem hoje não contemplam as nossas propostas, não nos sentimos representados pelo formato atual dos partidos", explica Pedro Ivo.

A criação de mecanismos permitindo o lançamento de candidaturas apartidárias está entre as bandeiras acalentadas pela futura legenda. A participação de cidadãos não filiados na definição dos rumos do partido é outra inovação discutida entre os elaboradores do programa da sigla. Mas, apesar das discussões adiantadas sobre a estrutura partidária, candidaturas para 2014 ainda são um assunto delicado. A começar, por causa da própria Marina.

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A ex-ministra hesita em declarar qualquer intenção sobre a corrida presidencial de 2014 e, internamente, afirma que não quer ser vista pelo eleitorado como uma "política profissional", que dependeria de um cargo eletivo para expor suas propostas. Uma das possibilidades aventadas seria o lançamento de Heloisa Helena para disputar a presidência no próximo ano. Hoje vereadora de Maceió pelo PSol, Heloisa Helena já declarou a intenção de abandonar o partido que ajudou a fundar para aderir ao projeto de Marina Silva.

Segundo interlocutores, uma das propostas em estudo por Marina é disputar o GDF em 2014 - na disputa presidencial de 2010, ela foi a mais votada no Distrito Federal. Com 611.362 votos (41,96% dos votos válidos), ficou à frente de Dilma Rousseff e de José Serra. "Apesar de toda a resistência, ela sabe que não vai poder se manter afastada da primeira linha da política sem que isso afete a força do partido que pretende criar", diz um apoiador.

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"Existem muitos militantes descontentes com a estrutura de seus respectivos partidos e buscando algo novo. É em cima desse clima de descontentamento, dessa necessidade de uma nova proposta na política, que nós estamos trabalhando"
Pedro Ivo Batista, assessor do Instituto Marina Silva

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