FHC: ‘Aécio nunca me pediu nem indicou diretores da Petrobras’
"Nem eu interferi na nomeação do sr Irani Varella, a quem sequer conheço. O resto é pura especulação”, postou no Facebook o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) após o presidente nacional da sigla, Aécio Neves (MG), ser citado na delação premiada do ex-deputado Pedro Corrêa como responsável pela nomeção e beneficiário do esquema de corrupção na Petrobras
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247 - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou, neste sábado (18), que o senador e atual presidente da sigla, Aécio Neves (MG), nunca lhe pediu ou indicou nomes de diretores para a Petrobrás.
“O senador Aécio Neves nunca me pediu nem indicou diretores da Petrobrás. Nem eu interferi na nomeação do sr Irani Varella, a quem sequer conheço. O resto é pura especulação”, disse o tucano na rede social.
De acordo com um termo da delação premiada do ex-deputado e delator da Operação Lava Jato, Pedro Corrêa (PP-PE), revelado pelo blog do Fausto Mecedo, do Estadão, ele afirma que o então deputado Aécio foi um dos responsáveis pela indicação do diretor de Serviços da Petrobrás, Irani Varella, durante o governo de FHC, em 2001. Na época, Aécio era o presidente da Câmara.
Segundo Corrêa, Varella era responsável por conseguir “propinas com empresários para distribuir com seus padrinhos políticos” por meio de seu genro, identificado apelas como Alexandre.
Foi a primeira vez que o nome de Aécio foi relacionado por um delator da Operação Lava Jato a um suposto esquema de pagamento de propinas na Petrobras.
Outro lado
Em nota divulgada por sua assessoria, Aécio disse que Corrêa é desprovido de qualquer credibilidade e sua afirmação é falsa e absurda.
O senador, presidente nacional do PSDB, já foi citado outras vezes no âmbito das investigações da Lava Jato por delatores como o doleiro Alberto Youssef, o senador cassado Delcídio Amaral (sem-partido-MS), o lobista Fernando Moura e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Aécio é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) abertos a partir da delação premiada de Delcídio. Uma das investigações tem como objetivo saber se o tucano atuou para “maquiar” dados da CPI dos Correios, em 2005, e esconder a relação entre o Banco Rural e o chamado mensalão mineiro.
Outra linha de investigação no STF apura se o senador recebeu propina de Furnas, subsidiária da Eletrobrás.
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