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Freixo: Queiroz era o coordenador das campanhas eleitorais do clã Bolsonaro nas áreas de milícias

"Queiroz foi colocado no gabinete de Flávio pelo Jair. É uma pessoa que articulava as campanhas de toda a família, principalmente em áreas de milícias", diz o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ)

Deputado federal Marcelo Freixo, Jair Bolsonaro e Fabrício Queiroz (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados | Reprodução | PR)
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Para o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz não era uma figura apenas dos bastidores. Preso na última quinta-feira (18), ele é amigo do presidente Jair Bolsonaro desde a década de 1980. E coordenava todos os os mandatos da família, a partir da função que exercia no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

Segundo Freixo, era Queiroz quem articulava as campanhas da família em áreas de milícia. Além disso, o ex-policial militar foi colega de Adriano da Nóbrega, acusado de comandar o Escritório do Crime, principal grupo miliciano da zona oeste do Rio de Janeiro.

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O esquema de “rachadinha”, desvio de parte dos salários dos assessores, comandado por Queiroz, atinge diretamente o presidente Jair Bolsonaro, em função do depósito de R$ 24 mil realizado pelo assessor na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. E Nathalia Queiroz, filha de Fabrício, é suspeita de ter sido funcionária fantasma no gabinete de Jair, quando ainda era deputado federal.

“Queiroz foi colocado no gabinete de Flávio pelo Jair. É uma pessoa que articulava as campanhas de toda a família, principalmente em áreas de milícia. Não estou querendo dizer que o Queiroz seja dono de milícia, mas que ele tinha relação com as milícias, circulava por Rio das Pedras e fazia campanha em diversas áreas de milícia para toda a família Bolsonaro. Isso é um fato”, disse Freixo, em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual desta segunda-feira (22).

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Laranja e milícia

Freixo destaca que a mulher de Queiroz, Márcia Oliveira Aguiar, que está foragida, é “peça-chave” para explicar a relação com os grupos milicianos. Segundo as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro, ela teria se encontrado com a mãe de Adriano, dois meses antes da morte do miliciano. Suspeita-se que o encontro teria servido para levar orientações ao chefe do Escritório do Crime.

“Também é fato que Queiroz tinha muito contato com Adriano da Nóbrega, uma pessoa investigada por ser um dos maiores matadores do Rio de Janeiro. Ele levou a família de Adriano para trabalhar dentro do gabinete do Flávio”, afirmou o deputado.

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A mãe e a esposa do ex-policial foram nomeadas como assessoras no gabinete do filho do presidente. Mas as nomeações tinham que passar, necessariamente, pela aprovação do deputado estadual.

“Flávio não sabia que nomeava pessoas que não trabalhavam? E que o seu salário iam para o Queiroz? Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em um ano. Tem um cheque dado para o Queiroz na conta da primeira-dama. O presidente justifica que foi o empréstimo. Mas empréstimo dado por que? Quando? Em que conta bancária? São explicações que tem que ser dadas.”

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Centrão e militares

As suspeitas que pairam sobre Flávio e Queiroz enfraquecem o governo do pai Jair, segundo Freixo. Na medida em que o presidente se fragiliza, cresce a importância dos partidos do centrão. Mas, segundo o deputado, Bolsonaro é íntimo desse grupo, ao contrário do discurso que tenta vendê-lo como um representante da “não política”. Ele foi, durante muitos anos, filiado ao Progressistas, uma das principais legendas da composição.

Já os militares, Freixo chama de “cúmplices” da má gestão no combate à pandemia do novo coronavírus, já que transformaram o ministério da Saúde num “acampamento militar“. “No lugar de técnicos da saúde – que poderiam estar interagindo com prefeitos e governadores, ampliando leitos, garantindo testes – temos um acampamento militar, obstruindo transparência e não conseguindo efetivar uma política de saúde, o resultado prático é uma catástrofe muito grande.”

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