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Gabinete-show no hospital fica às moscas

Quando Jair Bolsonaro internou-se em 27 de janeiro, para uma operação que anunciava-se de pequeno porte, a retirada da bolsa de colostomia, o Gabinete Institucional da Presidência, com grande estardalhaço, montou um escritório onde se instalaria um verdadeiro centro de comando do país, ao lado do quarto do presidente no Hospital Albert Einstein; passadas duas semanas da internação que se previa durar apenas até quarta-feira passada (dia 6), o gabinete presidencial improvisado foi usado somente duas vezes e está às moscas

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247 - Quando Jair Bolsonaro internou-se em 27 de janeiro, para uma operação que anunciava-se de pequeno porte, a retirada da bolsa de colostomia, o Gabinete Institucional da Presidência (GSI), com grande estardalhaço, montou um escritório onde se instalaria um verdadeiro centro de comando do país, ao lado do quarto do presidente no Hospital Albert Einstein. Passadas duas semanas da internação que se previa durar apenas até quarta-feira passada (dia 6), o gabinete presidencial improvisado foi usado somente duas vezes e está às moscas.

A sala, com computador, impressora e um sistema para videoconferências, foi usada apenas duas vezes: uma para encontro presencial com o ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e outra para conversa em vídeo com o ministro Augusto Heleno, do GSI responsável pela montagem de toda a parafernália, informam a a jornalista Talita Fernandes da Folha de S.Paulo. A ideia do clã Bolsonaro e seu círculo mais próximo era demonstrar ao país que Jair Bolsonaro estava no pleno exercício da Presidência, para evitar o questionamento sobre o fato de o vice, general Mourão, não assumir interinamente durante a internação. A crise entre a família presidencial e o general é cada vez maior, pois os Bolsonaro estão entre irritados e temerosos com a desenvoltura política e a exposição de Mourão. 

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Com os seguidos percalços que se iniciaram ainda na cirurgia, programada para durar no máximo três horas e que demorou mais de sete, no dia 29, o que parecia uma passagem tranquila pelo hospital tornou-se uma sucessão de incidentes e agravamentos do estado de saúde presidencial. O tratamento por antibióticos, que começou após uma febre, deve fazer com que ele permaneça internado por pelo menos mais uma semana, totalizando quase 20 dias, próximo ao dobro do estimado inicialmente -isso se não ocorrer nenhuma nova intercorrência.

O relato de Talita Fernandes é ilustrativo dos diferentes momentos vividos por Bolsonaro entre a internação e a cirurgia de setembro, no mesmo Einstein e a de agora. Em setembro, havia comoção; agora, indiferença: "desta vez a movimentação na porta do hospital se restringiu praticamente à imprensa. Os apoiadores quase onipresentes do ano passado não apareceram".

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Dentro do hospital, continua a jornalista, a movimentação reduziu-se drasticamente de uma internação para outra: "No primeiro período de internação, os médicos e familiares tiveram que pedir a interrupção de visitas ao então candidato. Gerou incômodo à época a divulgação de imagens por aliados, como o ex-senador Magno Malta (PR-ES), que fotografou a cicatriz de Bolsonaro".

O agravamento do estado de saúde de Bolsonaro durante e após a cirurgia deve repercutir também em sua agenda depois da alta: "antes da internação, sua equipe já buscava datas para duas viagens ao exterior entre março e abril, aos EUA e a Israel. Essas viagens já são vistas como improváveis. Depois que tiver alta, ele deve ter uma rotina reduzida de atividades em Brasília".

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