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Gás tucano é o que empurra o projeto Cunha-Temer

O vice-presidente Michel Temer não estaria se movimentando ostensivamente para tomar a cadeira da presidente Dilma Rousseff nem Eduardo Cunha estaria avacalhando a Câmara dos Deputados se não tivessem, na retaguarda, o apoio do PSDB, principal partido de oposição do País; enquanto Aécio Neves não fez outra coisa em 2015 a não ser contestar o resultado das urnas, o ex-presidente FHC passou a defender o impeachment mesmo sem crime de responsabilidade, Geraldo Alckmin aderiu ao golpe e José Serra passou a sonhar em ser, para Temer, o que FHC foi para Itamar – muito embora Temer já tenha sinalizado que não o quer na Fazenda; rancor tucano é o que hoje coloca em risco a democracia brasileira

O vice-presidente Michel Temer não estaria se movimentando ostensivamente para tomar a cadeira da presidente Dilma Rousseff nem Eduardo Cunha estaria avacalhando a Câmara dos Deputados se não tivessem, na retaguarda, o apoio do PSDB, principal partido de oposição do País; enquanto Aécio Neves não fez outra coisa em 2015 a não ser contestar o resultado das urnas, o ex-presidente FHC passou a defender o impeachment mesmo sem crime de responsabilidade, Geraldo Alckmin aderiu ao golpe e José Serra passou a sonhar em ser, para Temer, o que FHC foi para Itamar – muito embora Temer já tenha sinalizado que não o quer na Fazenda; rancor tucano é o que hoje coloca em risco a democracia brasileira (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – O que seria de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, sem o PSDB? Em primeiro lugar, ele jamais teria sido eleito presidente da casa. Além disso, não teria espaço para conduzir o Legislativo de forma tão aviltante. Primeiro, com sua pauta-bomba, que os tucanos apoiaram apostando no 'quanto pior, melhor'. Agora, com manobras jamais vistas no parlamento para impedir sua própria cassação.

A mesma pergunta pode ser feita trocando-se Eduardo Cunha por Michel Temer. Sem o apoio dos tucanos, Temer não poderia estar se movimento de forma tão explícita para tomar a cadeira da presidente Dilma Rousseff. É o apoio do PSDB que lhe dá fôlego para embarcar de forma acintosa no impeachment.

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Se antes um golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff dividia os principais caciques tucanos, hoje há unidade no PSDB. No fim de semana, o regente da tropa, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defendeu que ela seja afastada por "responsabilidade política", ou seja, mesmo sem ter cometido crime de responsabilidade – o que a Constituição exige (saiba mais aqui).

Agora, tanto Geraldo Alckmin quanto José Serra defendem a mesma posição. O governador paulista tenta criar um novo discurso depois de sofrer a maior derrota de sua gestão, após ver seu projeto de fechamento de 93 escolas ser repudiado por estudantes e pela sociedade. Ontem, ele defendeu o processo contra Dilma e disse que "impeachment não é golpe". Precisou levar uma aula de direito de Flávio Dino, governador do Maranhão, que o lembrou o óbvio: só não é golpe se houver crime de responsabilidade (saiba mais aqui).

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Serra, por sua vez, sonha em ser para Temer o que FHC foi para Itamar Franco – um superministro que assumiria a Fazenda e depois se elegeria presidente. No entanto, Temer já fez chegar ao mercado financeiro (que detesta Serra) que seu homem forte da economia seria Henrique Meirelles.

De Aécio Neves, nada é necessário dizer. Basta lembrar que, em 2015, ele não fez outra coisa a não ser contestar o resultado das urnas que o derrotaram em 2014.

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Hoje, os fatores que criam instabilidade e ameaçam a democracia brasileira não são apenas a ambição de Temer e a loucura de Cunha. São também o rancor e a descompostura dos caciques tucanos.


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