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GDF requer ao STF acesso ao inquérito da PF

Solicitao oficial pelo compartilhamento de informaes sobre a investigao policial a respeito da quadrilha de Carlinhos Cachoeira; queremos saber tudo para punir culpados e no deixar dvidas sobre inocentes, disse ao 247 o secretrio Carlos Higino, de Transparncia

GDF requer ao STF acesso ao inquérito da PF (Foto: Andressa Anholete/247)

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Marco Damiani _247 - É a secretaria de Transparência Administrativa do governo do Distrito Federal (GDF) que, a partir de agora, está a frente das apurações a respeito das eventuais implicações de funcionários públicos de Brasília nos diferentes vazamentos de grampos da Operação Monte Carlo. O secretário Carlos Higino acaba de dar entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) a um pedido de compartilhamento das informações que constam no inquérito da Polícia Federal (PF). “Queremos saber tudo”, disse o secretário ao 247. “O funcionário que estiver implicado será demitido. As empresas que aparecerem em atitude ilegal também serão punidas. Vamos agir com extremo rigor”. E acrescentou: "Acabo de estar com o governador, que está tranquilo e é o maior interessado na apuração completa dessa história".

Até agora, porém, de acordo com os diálogos que foram vazados, o secretário Higino avalia que o GDF não cedeu ao assédio do esquema coordenado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. “O que se percebe, pelo que se sabe até o momento, é que essa quadrilha tentou nomear comparsas e fazer negócios ilícitos sem sucesso. Os grampos mostram apenas tentativas frustradas”, acrescentou Higino. “O que se tem são conversas de terceiros, que não incluem nenhum funcionário público, mas que apenas revelam iniciativas sem sucesso de abordagem da máquina pública”.

O secretário Higino despachou na tarde desta sexta-feira (13) com o governador Agnelo Queiroz. “Ele e todos nós apoiamos a CPI do Cachoeira”, afirmou Higino. “Pelos diálogos que vazaram até agora não dá nem para saber se o governador é efetivamente citado, quanto menos abordado. O que existe são apenas ilações”, completou o secretário. Neste ponto, ele avança: “O que se divulgou até agora são conversas entre pessoas de fora da administração pública de Brasília. Acreditar nesses diálogos para comprometer pessoas é absolutamente temerário”.

A Secretaria de Transparência abriu um procedimento administrativo para apurar oficialmente a eventual participação de funcionários do GDF no esquema de Carlinhos Cachoeira. O pedido de compartilhamento do inquérito da PF, feito nesta sexta-feira (13) ao STF, ainda não tem data para ser examinado. “A bola está com o Supremo, mas enquanto o tribunal examina nosso pedido, por aqui, já estamos investigando o que de fato pode ter acontecido. A princípio o que se tem são tentativas frustradas de abordar a SLU, uma tentativa sem sucesso de venda de regularização de área na Terracap e uma iniciativa igualmente frustrada de se fazer um contrato emergencial de bilhetagem eletrônica no âmbito do DFTrans. Ou seja, só há fracassos da quadrilha na tentativa de invadir o GDF. Queremos saber, via Supremo, do inquérito da PF, se eles chegaram a algum ponto concreto. Até o momento, não há nada”.

A respeito da situação do chefe de gabinete afastado Claudio Monteiro, o secretário Higino é igualmente cuidadoso. “Nos grampos, ele é envolvido apenas numa conversa de terceiros. Sua atitude de quebrar os próprios sigilos bancário, fiscal e telefônico indica que ele não teme ser investigado. Após uma apuração rigorosa, ele poderá voltar ao cargo caso se confirme que ele não compactuava com essa quadrilha. Até aqui, nada nos leva a crer que isso tenha acontecido”, declarou Higino.

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