Guimarães ao 247: oposição não tem votos para o golpe
Em entrevista ao 247, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), alerta para a guerra de informações que vem sendo conduzida na casa para criar um clima de "fato consumado"; segundo ele, a oposição partiu para o desespero por não ter os apoios necessários para o golpe; "eles sabem que não têm os votos e estão vendo a sociedade se levantar em defesa da democracia"; ontem, mais de 50 mil pessoas participaram de um ato em defesa da legalidade no Rio de Janeiro; "o golpe Temer-Cunha será derrotado no plenário e nas ruas"
247 – Numa guerra, a primeira vítima é sempre a verdade. Com base nessa máxima, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), alerta para as mentiras que vêm sendo contadas na casa, para alardear um clima de "fato consumado" em relação ao impeachment.
– A oposição está desesperada porque sabe que não tem os votos necessários para levar adiante o golpe Cunha-Temer. Eles serão derrotados no plenário e nas ruas – disse Guimarães, numa rápida entrevista ao 247.
Ele diz ainda que a sociedade está se levantando contra o evidente golpismo e cita o ato em defesa da democracia, que levou mais de 50 mil pessoas às ruas do Rio de Janeiro na noite de ontem.
Segundo o parlamentar, o governo conta com uma margem confortável para superar o impeachment. Ele aponta os apoios de partidos menores, como PTN, PEN e Pros, a participação dos deputados aliados e ministros do PMDB, e os apoios de partidos médios, como o PR e o PP.
Guimarães também condenou a decisão do presidente da Câmara de marcar a votação do impeachment para as 14h do próximo domingo.
– É uma decisão absolutamente irresponsável de alguém que acha que pode tudo. Nós o alertamos sobre os riscos que isso pode causar à segurança das pessoas – diz Guimarães.
Ele afirma ainda que os movimentos do vice-presidente Michel Temer e Eduardo Cunha criam uma situação extravagante. Se o golpe prosperasse, Temer jamais poderia se ausentar do País porque, neste caso, Cunha, réu em diversos processos por corrupção e lavagem de dinheiro assumiria a presidência da República.