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Haddad lista “crises sobrepostas” de Bolsonaro só em 2021: saída da Ford, Manaus, Enem e isolamento do Brasil no mundo

“Temos um problema dramático no Brasil que é ter levado à presidência da República talvez o pior dos brasileiros no pior momento que estamos enfrentando”, analisou o ex-ministro. Assista na TV 247

Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, Eduardo Pazuello, Milton Ribeiro, Ernesto Araújo e Fernando Haddad (Foto: Reuters | Divulgação | Brasil247)
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247 - O ex-ministro Fernando Haddad, em debate no programa Pauta Brasil, que estreou nesta segunda-feira (18) com transmissão pela TV 247, listou o que chamou de “crises sobrepostas” somente nos primeiros quinze dias do governo Jair Bolsonaro em 2021, e não são poucas.

Segundo Haddad, o país não consegue se livrar das tais crises “por uma completa inação do governo Bolsonaro, que quando se mexe, é para atrapalhar o destino do país”. 

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“Vou fazer uma recapitulação do que aconteceu nas últimas duas semanas. Não vou falar de dois anos, vou falar de duas semanas”, disse, iniciando.

Saída da Ford

Haddad lembrou do anúncio da Ford de que encerraria sua produção no país. “Nós tivemos a crise de uma das primeiras montadoras que se instalaram no Brasil. A Ford, depois de 100 anos, está deixando o Brasil. Para ir para onde? Para a Ásia? Não. Para ampliar sua produção no Uruguai e na Argentina. O presidente da República há um ano comemorou o fato de estarmos exportando abacate para a Argentina, e é de lá que vamos ter que importar carros”.

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Falta de oxigênio em Manaus

Talvez o mais dramático episódio da pandemia de Covid-19 no Brasil, a falta de abastecimento de oxigênio para pacientes nas UTIs de Manaus, obviamente não foi deixado de lado pelo ex-ministro.  “Tivemos o colapso do sistema de saúde público e privado de uma capital importante como Manaus. Agora essa mesma crise se estende para o interior do estado do Amazonas, onde a situação logística é ainda mais dramática”.

Enem

Com profundo conhecimento acerca do funcionamento do Ministério da Educação e do processo de formulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Haddad comentou o recorde de abstenções na prova na última edição, além dos estudantes que foram barrados. “Mais de 50% das pessoas deixaram de ir à prova, e muitas que foram aos locais pré-estabelecidos pelo Inep deixaram de fazer a prova porque não foi previsto o fato de que as pessoas não poderiam estar aglomeradas na mesma sala de aula, portanto tinha que haver um distanciamento de segurança entre os jovens que foram fazer a prova. Isso vai comprometer a qualidade e a credibilidade do exame”.

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Crise internacional

Ele comentou também as rusgas já tradicionais de Bolsonaro com a China, mas agora reforçadas por questões também com o Mercosul e a União Europeia. “Estamos com uma crise internacional. O Brasil está totalmente isolado do resto do mundo. Nós já estávamos com problemas com a China, que é o nosso principal parceiro comercial, responde por dois terços do nosso superávit comercial. Estamos em crise com o Mercosul, com a União Europeia. Mais uma vez Alemana e França emitem sinais de preocupação com o Brasil e agora, com a derrota do Trump que felicitou a humanidade, tiveram a vitória do Biden, que tem todas as reservas em relação ao governo Bolsonaro pela completa falta de sintonia com aquilo que é caro hoje a todo país responsável com a pandemia, com o meio ambiente e com todos os valores democráticos que precisam ser reiterados nesse momento de crise internacional”.

Haddad, enfim, afirmou que a única resposta para todos os problemas apresentados pelo governo federal, somente em duas semanas, é a total incapacidade de seu líder: Jair Bolsonaro. “Não vejo nenhum ministério, nenhuma pasta que esteja recebendo da parte do presidente o comando adequado. Portanto, o problema não são os ministros, essa é a conclusão óbvia que se pode chegar. Temos um problema dramático no Brasil que é ter levado à presidência da República talvez o pior dos brasileiros no pior momento que estamos enfrentando”. 

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O programa Pauta Brasil receberá especialistas, lideranças políticas e gestores públicos para discutir os grandes temas da conjuntura política brasileira. Os debates serão realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 17h, e serão transmitidos na TV 247.

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