Haddad sobre as eleições argentinas: “Macri jamais poderia ter se aproximado de Bolsonaro”
"Bolsonaro afirmou que o erro da ditadura brasileira foi não ter matado 30 mil, não por coincidência o número de mortos pela ditadura argentina. Macri jamais poderia ter se aproximado de Bolsonaro. Um insulto à memória que lá não se aceita como aqui", escreveu o ex-presidenciável Fernando Haddad no Twitter
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247 - O ex-presidenciável Fernando Haddad destacou o erro do presidente argentino, Maurício Macri, em ter se aproximado de Jair Bolsonaro, que defende a Ditadura Militar no Brasil (1964-1985).
"Bolsonaro afirmou que o erro da ditadura brasileira foi não ter matado 30 mil, não por coincidência o número de mortos pela ditadura argentina. Macri jamais poderia ter se aproximado de Bolsonaro. Um insulto à memória que lá não se aceita como aqui", escreveu o ex-prefeito de São Paulo no Twitter.
A postagem foi feita após as eleições primárias na Argentina, ocorridas neste domingo (11), apontarem que a chapa progressista encabeçada por Alberto Fernandez, com Cristina Kirchner na vice-presidência, estava com cerca de 47% da votação (cerca de 90% das urnas apuradas).
O grupo conservador de direita liderado por Macri tinha 32%. O primeiro turno das eleições gerais está marcado para 27 de outubro.
Existia expectativa de queda nos preços das ações e dos títulos da Argentina quando os mercados financeiros abrissem nesta segunda-feira, porque a dianteira de Fernández ultrapassou muito a margem de 2% a 8% prevista em pesquisas de opinião recentes.
O peso recuou 5,1% e ficou em 48,50 por dólar norte-americano após a divulgação dos resultados oficiais iniciais na plataforma de corretagem digital da empresa Balanz, que opera a moeda na internet ininterruptamente.
Pode surgir um grau ainda maior de volatilidade nos mercados porque os resultados oficiais da noite de domingo indicam que Fernández tem apoio suficiente do eleitorado para vencer no primeiro turno de outubro, disseram analistas.
Qualquer candidato precisa de ao menos 45% dos votos, ou 40% e uma diferença de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado, para conquistar a Presidência no primeiro turno. Os eleitores voltarão às urnas em 24 de novembro se não surgir um vencedor claro.
“É um resultado chocante e praticamente irreversível, que deixa o governo em um vácuo de poder no meio de uma economia muito delicada”, disse Shila Vilker, analista da consultoria argentina Trespuntozero.
*Com informações da Reuters
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