Investigações contra FHC devem ser arquivadas
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deve se livrar das acusações de "vantagens indevidas não contabilizadas"; segundo fontes do Judiciário, o pedido de abertura de investigação deve ser arquivado; como as supostas irregularidades teriam acontecido nas campanhas eleitorais do tucano, há mais de 20 anos, elas já estariam prescritas; de acordo com a delação premiada de Emílio Odebrecht, FHC teria solicitado ajuda financeira quando concorreu ao Senado, na década de 80, e nas duas vezes em que disputou a Presidência e foi eleito e reeleito - 1994 e 1998
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247 - O pedido de abertura de investigação contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, remetido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Justiça Federal de primeira instância, em São Paulo, deverá ser arquivado.
A razão é que as supostas "vantagens indevidas não contabilizadas" que teriam abastecido campanhas eleitorais do tucano ocorreram há mais de 20 anos, estando prescritas, de acordo a avaliação de magistrados ouvidos pela reportagem em condição de anonimato. A prescrição ocorre quando o Estado perde o direito de punir pelo transcorrer do tempo.
As informações são de reportagem do Valor.
"Segundo a delação premiada do ex-presidente do Grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht, Fernando Henrique Cardoso teria solicitado ajuda financeira quando concorreu ao Senado, na década de 80, e nas duas vezes em que disputou a Presidência e foi eleito e reeleito - 1994 e 1998. "Com certeza teve ajuda de caixa oficial e não oficial. Se ele soube ou não [de financiamento por caixa dois], eu não sei", disse Emílio.
A prescrição da pretensão punitiva é calculada pela chamada "pena em abstrato", de acordo com a regra do artigo 109 do Código Penal. Se a pena em abstrato for para um crime que prevê 12 anos de prisão, por exemplo, a prescrição ocorrerá em 20 anos.
A situação de Fernando Henrique Cardoso conta ainda com um fator atenuante: no caso de pessoas com mais de 70 anos, a legislação estabelece que o tempo de prescrição é diminuído à metade. O ex-presidente tucano tem 85 anos.
Relator da Lava-Jato no STF, o ministro Edson Fachin determinou o envio de 27 petições para a Justiça Federal de primeiro grau em São Paulo. No entanto, nenhuma delas havia chegado ao Fórum Criminal Jarbas Nobre até o início da noite de ontem."
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