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Juliano Medeiros: centro-esquerda e centro-direita estão em crise

Para Juliano Medeiros, há um crescimento de setores mais radicais, tanto de esquerda quanto de direita. "Olha o resultado PSDB, do PMDB aqui no Brasil, olha o resultado da centro-direita e centro-esquerda na França", exemplifica. "O resultado eleitoral do PSOL mostra isso, nós nos identificamos como esquerda radical, no sentido genuíno da palavra, de ir à raiz dos problemas", diz ainda. Assista sua entrevista à TV 247

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247 - O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, analisou o cenário político mundial afirmou haver uma crise do centro político e um fortalecimento dos setores mais radicais, tanto de esquerda quanto de direita. Em entrevista à TV 247, ele avalia que a origem da crise nesta fatia da política é o enfraquecimento da democracia liberal.

"Estou muito convencido que nós estamos vivendo uma era de extremos, ou seja, as posições mais de centro, centro-direito, centro-esquerda, estão em questionamento. Estão em questionamento por uma razão simples: há uma crise generalizada da democracia liberal, as pessoas não vêm essa democracia como uma democracia que as representa. Então todos os partidos, políticos e lideranças que aparecem associados como fiadores do sistema político estão sendo rechaçados".

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O também historiador relatou alguns exemplos da derrocada do centro político e confirmou o crescimento de setores mais radicais. "Olha o resultado PSDB, do PMDB aqui no Brasil, olha o resultado da centro-direita e centro-esquerda na França. Mesmo com algumas vitórias, em geral, a centro-esquerda e a centro-direita estão em um momento difícil, e estão ganhando força projetos na extrema-direita e na esquerda radical. São processos que mostram que há uma crise do centro, uma crise do centro político".

Juliano Medeiros classificou o PSOL como exemplo do fortalecimento da esquerda radical no país. "O resultado eleitoral do PSOL mostra isso, nós nos identificamos como esquerda radical, no sentido genuíno da palavra, de ir à raiz dos problemas, de entender que o Brasil vive uma polarização entre as elites, a burguesia, os donos do poder e os mais pobres. Temos que estar ao lado dos mais pobres de forma intransigente".

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Segundo o dirigente partidário, ao contrário do que faz o PT, que se tornou de centro-esquerda com o passar do tempo, o PSOL se estabelece como partido anticapitalista. "Nós estamos nos colocando em uma outra posição, uma posição de partido anticapitalista, ou seja, que não acredita mais que seja possível extrair ganhos e benefícios desse sistema capitalista que nós temos aqui, que está montado para preservar privilégios que, toda vez que são ameaçados, rasgam a democracia, como fizeram com a presidenta Dilma. Então não temos mais nenhuma ilusão com o capitalismo brasileiro e nenhuma ilusão com as elites".

"Nós somos muito diferentes também desses pequenos partidos de extrema-esquerda como PCO e o PSTU, que não querem fazer disputas políticas nos marcos da institucionalidade, nós achamos que é muito importante fazer a disputa dentro das regras do jogo também. Estamos trabalhando para ter uma grande frente política, o PSOL não vai resolver nada sozinho, não somos pretensiosos, achamos que tem que fazer luta com todo mundo que esteja disposto a lutar em defesa dos direitos mas, claro, estou ressaltando quais são nossas diferenças embora, nesse momento, essas diferenças têm pouca importância", explicou o presidente.

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Sobre os constantes ataques do presidente Jair Bolsonaro ao PSOL, Juliano Medeiros acredita que a razão disso seja a tendência do partido se tornar um forte concorrente da ala de Bolsonaro em eleições futuras. Além disso, afirmou que o partido não está disposto a estabelecer nenhum tipo de diálogo com o atual governo.

"Eu acho que o Bolsonaro percebeu que no próximo ciclo político que nós estamos iniciando no Brasil, o PSOL tende a ser um ator relevante, e ele polariza conosco. Ele vê no PSOL o antagonista, nós somos a antíteses de tudo que ele defende, em todos os sentidos. Para nós é muito bom. Queremos ser os campeões da luta contra o Bolsonaro, não temos nenhuma dúvida, nenhuma ilusão, não queremos estabelecer nenhum diálogo com o governo e não temos esperança de que o Mourão possa ser melhor se o Bolsonaro não conseguir conduzir o governo até o final. Com essa turma é luta de classes, é guerra, mobilização, na política, claro, sempre respeitando as regras do jogo, mas é na porrada, com eles não tem conversa".

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Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:

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