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Mercadante vira alvo ao opor eleitor e Congresso

Apelidado em Brasília de "clínico-geral da União", por atuar em diferentes áreas do governo, o ministro da Educação acirrou ânimos no Congresso; "Senhor Mercadante, não queira jogar a falência do governo Dilma nas costas do Congresso", reagiu o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO); "Nas manifestações, eu vi cartazes falando que estava vendendo até um Monza 92, mas não vi nenhum pedindo plebiscito ou reforma política", provocou o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ); relacionamento azedou; Aloizio Mercadante disse que eleitor vai "cobrar caro" de parlamentares se não houver o plebiscito da reforma política

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247 - As relações do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional não vão nada bem, forçando o governo, inclusive, a adiar para a próxima semana a derrota certa na votação sobre a destinação dos royalties do petróleo. E as coisas só pioraram nesta quinta-feira depois de o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, dizer em entrevista à Folha de S.Paulo que o eleitor vai "cobrar caro" do Congresso se uma reforma política não for feita com participação popular por meio de um plebiscito.

A afirmação bateu forte na Câmara, onde a proposta de um plebiscito valendo já para a eleição de 2014 foi 'enterrada' nesta semana. Líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ) disse que o plebiscito foi um equivoco e provocou: "Nas manifestações eu vi cartazes vendendo até um Monza 92, mas não vi nenhum pedindo plebiscito, reforma política". O líder do PSB, Beto Albuquerque (RS), reforçou o discurso: "Isso não estava nas placas. O PT não pode só consultar suas bases, tem que ouvir as ruas".

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"Senhor Mercadante, não queira jogar a falência do governo Dilma nas costas do Congresso", respondeu o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO). "Quem não investe em educação, saúde, segurança e combate à corrupção é a presidente Dilma, que tem o poder da caneta", seguiu.

Segundo Caiado, "os porta-vozes do governo são inescrupulosos. "Mercadante deveria ter um conhecimento mínimo de Constituição e Regimento Interno quando induz a população a pensar que estamos impedindo a consulta popular. O plebiscito já foi feito e o povo disse nas passeatas que quer é uma saúde de qualidade, uma educação que seja compatível para nossos jovens, uma mobilidade urbana. É fazer com que os mensaleiros não fiquem apenas no julgamento e sejam cumpridas as penas", completou.

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Panos quentes

Presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) preferiu esfriar os ânimos, mas destacou que o Palácio do Planalto também será cobrado. "É uma declaração que ele tem direito de fazer. Além de ministro, ele é senador, portanto é uma avaliação que respeito. Mas a cobrança é natural que seja feita, é democrática, é ao Executivo também, aos executivos estaduais. Isso faz parte do processo democrático", disse. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse apenas que Mercadante "foi mal interpretado".

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Enviada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso, a proposta de plebiscito não vingou, e mesmo o grupo que seria criado para analisar a reforma poítica teve a instalação adiada, devido a desentendimento na bancada do PT na Câmara. A declaração de Mercadante ganhou o peso da expressão de um ministro que tem ampliado seu espaço na articulação política, chegando a ser apelidado, pela atuação dos últimos dias, de "clínico-geral da União".

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