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    Ministro do Desenvolvimento tenta justificar contratos

    Fernando Pimentel afirma ter recebido R$ 130 mil por suposta consultoria fabricante do guaran Guaraeta. Scios da empresa negam a contratao do servio

    Ministro do Desenvolvimento tenta justificar contratos (Foto: Divulgação)
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    247 – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), tem se enrolado cada vez mais para justificar a renda de R$ 2 milhões de sua empresa P-21 Consultoria e Projetos Ltda, de Belo Horizonte. Ele afirma ter recebido em 2009, R$ 130 mil da ETA Bebidas do Nordeste, empresa que produz o refresco de guaraná Guaraeta em Paulista, na Região Metropolitana de Recife. O contrato estabelecia a elaboração de um estudo de mercado para a empresa. Porém, os sócios da pernambucana e o seu administrador na época negam terem contratado o serviço.

    Em entrevistas ao GLOBO no fim de semana e na última segunda-feira, Pimentel mencionou três clientes de sua empresa - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Convap e QA Consulting - e omitiu a ETA Bebidas, na hora de somar os valores que recebeu até o fim de 2010. Os pagamentos da ETA a Pimentel foram feitos em duas parcelas, o primeiro de R$ 70 mil, em maio de 2009, e o segundo de R$ 60 mil, em julho do mesmo ano. Pimentel montou a consultoria logo depois de deixar a prefeitura, em 2009, e se desligou antes de virar ministro do governo Dilma.

    « Ih, rapaz, esse negócio é muito estranho. É valor muito alto para o trabalho que a gente tinha. Tem alguma escusa, tentaram esconder alguma coisa » disse Roberto Ribeiro Dias, ao Globo, que participou do quadro societário da ETA até 2010. O slogan da empresa, no Nordeste, é "Guareta, naturalmente porreta!". Hoje a ETA funciona num galpão numa rua discreta e sem saída, no município de Paulista, região Metropolitana de Recife, e está inoperante.

    « Esses valores (pagos a Pimentel) não são compatíveis para o nosso negócio. O que a gente fazia de vez em quando era contrato de R$ 10 mil, R$ 15 mil para meninas fazerem propaganda em jogo do Sport com o Santa Cruz. A gente não tinha condições de fazer nada muito diferente disso » disse Ribeiro Dias ao jornal.

    Outro sócio de Dias na empresa de bebidas, Eduardo Luis Bueno, também disse desconhecer a prestação dos serviços de consultoria.

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