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Movimento LGBT se afasta da rede de Marina

Principal voz do Congresso na luta pelos direitos do grupo LGBT, deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) diz que acabou seu diálogo com a Rede Sustentabilidade, partido que começa a ser criado pela ex-ministra; ela sugeriu fazer plebiscito para decidir o direito do casamento entre pessoas do mesmo sexo; e ele protesta: "'Nova política' querendo submeter direitos de minorias a 'plebiscitos' e 'referendos' não é nova política: é o velho conservadorismo!"

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247 – Mal começou a ser criado e o movimento da ex-ministra Marina Silva, que lançou neste sábado o embrião do partido Rede Sustentabilidade, afastou as chances de ter o apoio do político que é a principal voz do Congresso na defesa dos direitos do grupo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). Pelo Twitter, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) declarou neste sábado: "acabou meu diálogo com o movimento dela".

O rompimento se deve a uma sugestão da ex-presidenciável de realizar um plebiscito no País a fim de decidir o direito do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Quando soube da ideia, Jean Wyllys questionou Marina "se ela bancaria um sobre isenção fiscal das igrejas. Ela disse que não, e aí acabou meu diálogo com o movimento dela", conta o deputado.

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Ainda pelo microblog, Jean Wyllys protestou: "'Nova política' querendo submeter direitos de minorias a 'plebiscitos' e 'referendos' não é nova política: é o velho conservadorismo!". Em seguida, retuitou a mensagem do jornalista argentino e ativista do movimento LGBT Bruno Bimbi, que dizia: "Vamos fazer plebiscito sobre os direitos dos negros? E sobre os direitos dos judeus? Marina atrasa um século!".

Em cima do muro

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O partido de Marina já nasceu evitando tomar posições. No evento deste sábado, em Brasília, com a presença de mais de mil pessoas, entre políticos, intelectuais e líderes de movimentos sociais, a ex-senadora declarou, sem pestanejar, que a legenda não deverá ser "nem oposição, nem situação" ao governo de Dilma Rousseff. "Nem posição nem situação, nós precisamos de pessoas que tenham posição. Se Dilma fizer algo bom para o país, nossa posição será favorável. Se estiver contra o Código Florestal, nossa posição é contrária", disse. "Parece ingênuo, mas não tem nada de ingenuidade", acrescentou.

Ao sugerir um plebiscito para garantir o direito do casamento civil igualitário, ela também deixa de tomar uma posição, delegando essa tarefa para a população brasileira. Até mesmo sobre a chance de se candidatar novamente à Presidência da República em 2014, ela deixou as portas abertas, não respondendo nem que sim, nem que não, mas afirmando que é uma "possibilidade". Uma das principais ênfases de sua fala foi dizer que o foco do novo partido não é a eleição do ano que vem. "E quem acredita nela?", provoca Jean Wyllys.

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