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MPF pede arquivamento de inquérito sobre relatório do Coaf sobre Wassef

O advogado disse que o órgão quebrou indevidamente seu sigilo bancário e fiscal e vazou para a imprensa informações sobre transações suspeitas

Advogado Frederick Wassef comparece a cerimônia no Palácio do Planalto 17/06/2020 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O Ministério Público Federal em Brasília pediu à Justiça o arquivamento de um inquérito aberto a pedido de Frederick Wassef, que representa o presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, para investigar o Coaf. Segundo o advogado, o órgão quebrou indevidamente seu sigilo bancário e fiscal e vazou para a imprensa informações sobre transações suspeitas.

De acordo com o MPF, foram recebidas comunicações de  34 movimentações atípicas de Wassef informadas por bancos e que os dados foram repassados ao Ministério Público por suspeita de desvio de recursos públicos.

“Não houve quebra indevida de sigilo bancário ou fiscal, tão pouco vazamento indevido de informações praticados por agentes do COAF, uma vez que o RIF nº 50931 foi produzido de acordo com as normas de regência e com esteio em comunicações prestadas por variadas instituições financeiras, evidenciando que o documento foi elaborado e disseminado mediante critérios técnicos, de maneira impessoal e a partir de cálculos da matriz de riscos do COAF”, afirmou no pedido a procuradora Márcia Brandão Zollinger.

Segundo matéria publicada no site O Antagonista, o relatório não identifica a empresa, mas informa que ela recebeu mais de R$ 41 milhões em contratos com pelo menos nove órgãos da administração pública federal.