Na TV, Dilma mostra Marina como risco de crise grave
Programa da presidente Dilma Rousseff investe pesado na desconstrução da candidatura da adversária Marina Silva; seria politicamente frágil; projeção é de que eventual governo da ex-ministra repita um passado político semelhante ao dos governos de Jânio Quadros e Fernando Collor, "que a gente sabe no que deu"; mostradas imagens de crise institucional de 1961 e impeachment de 1992; cenas do debate de ontem foram aproveitadas; frisou-se que Dilma disse que "promessas de Marina custarão 140 bilhões de reais"; "Tem de dizer de onde sai o dinheiro", criticou Dilma; ex-ministra apresentada como adversária do pré-sal; campanha chega a um novo patamar de ataques
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247 – A estratégia de levar a presidente Dilma Rousseff ao confronto direto com a candidata Marina Silva, do PSB, chegou ao horário eleitoral gratuito. Depois de ficar clara, ontem, no debate entre presidenciáveis, a disposição para desconstruir as propostas de Marina Silva, o PT repicou a aposta. No programa exibido no início da tarde, que será repetido à noite, cenas escolhidas do debate nos estúdios do SBT mostraram Dilma enunciando perguntas a Marina. Nem a presidente, porém, conclui as interrogações, nem Marina, muito menos, apareceu respondendo. Mas a crítica ficou no ar.
- A soma de todas as suas promessas dá R$ 140 bilhões, frisou a presidente, sustentando que a adversária não sabia dizer de onde pretendia obter os recursos para realizá-las. No cotejo transmitido ao vivo ontem, Marina afirmou que irá realizar trabalhar com "racionalidade administrativa" e sem "pensamentos cartesianos".
Dilma também surgiu no horário de tevê hoje no trecho em que atacou Marina por "num programa de governo de 242 páginas, dedicar apenas uma linha ao pré-sal".
Os ataques a Marina, que aparece empatada com Dilma, segundo o instituto Datafolha, em simulação de primeiro turno, com 34% de preferências, prosseguiram por mais de quatro minutos no programa do PT. Num eventual segundo turno, o Datafolha prevê uma vantagem de dez pontos para Marina, de 50% contra 40% para a presidente.
Com a ajuda de gráficos, o programa dirigido pelo marqueteiro João Santana mostrou bonequinhos que seriam os 33 deputados que hoje apoiam a candidatura de Marina Silva, contra 129 necessários para a aprovação de um projeto de lei.
- Ela vai saber negociar?, perguntou o locutor.
Em seguida, o momento mais forte: imagens do ex-presidente Jânio Quadros, que renunciou, em 1961, abrindo uma crise institucional que derivou para o golpe militar de 1964, foram mostradas. O impeachment de Fernando Collor, hoje senador, também foi citado depois. No entanto, imagens de Collor, que hoje faz parte da base aliada de Dilma, não apareceram.
O certo é que o PT resolveu sair batendo em Marina, que a esta altura deve estar estudando com seus advogados um possível pedido de direito de resposta.
Abaixo, a propaganda de ataque do PT:
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