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Napoleão Nunes diz que não se pode dar ‘cheque em branco’ para juiz

Para fundamentar o seu voto no julgamento da chapa Dilma-Temer, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou na tarde desta sexta-feira que não se pode dar um "cheque em branco" para que o juiz faça o que "bem quiser" e argumentou que essa prática pode levar a um "punitivismo desenfreado"; para o ministro, nenhuma pessoa pode abdicar do direito de ser processado com justiça e nos limites previstos no pedido inicial da ação; "Há uma maliciosa indicação de que, quando se está tomando uma atitude garantista, está se afagando a cabeça dos infratores", criticou

Ministros Napoleão Nunes Maia Filho e Tarcísio Vieira de Carvalho Neto durante sessão plenária do TSE para julgamento da Aije 194358. Brasília-DF, 08/06/2017 Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE (Foto: Aquiles Lins)
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BRASÍLIA (Reuters) - Para fundamentar o seu voto no julgamento da chapa Dilma-Temer, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou na tarde desta sexta-feira que não se pode dar um "cheque em branco" para que o juiz faça o que "bem quiser" e argumentou que essa prática pode levar a um "punitivismo desenfreado".

Para o ministro, nenhuma pessoa pode abdicar do direito de ser processado com justiça e nos limites previstos no pedido inicial da ação.

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"Há uma maliciosa indicação de que, quando se está tomando uma atitude garantista, está se afagando a cabeça dos infratores", criticou.

O argumento do ministro é para justificar a exclusão das provas referentes à Odebrecht e aos depoimentos dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, principais elementos de acusação do processo.

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Segundo Nunes Maia, a se admitir um entendimento alargado da Justiça, poderia ocorrer uma situação de que alguém mover uma ação de despejo contra uma pessoa e o juiz determinar a separação do casal.

"O critério mais seguro para se julgar esta ação é adstringir aquilo que foi pedido e não virtualmente ao que foi pedido, porque no pedido virtual está tudo", argumentou.

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Para o ministro, a ação foi proposta pela chapa que perdeu a disputa, encabeçada pelo PSDB, e não é democrático essa questão eleitoral ficar aberta indefinidamente.

Maia disse que quase todos os partidos se valeram dos recursos ilícitos oriundos da Odebrecht.

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"Quais os mandatos que foram irrigados nas suas campanhas com esse estoque de capital acumulado em vários anos de poupança? Eu responderei: todos. Todos os mandatos teriam sido maculados", afirmou.

Mais cedo, o relator Herman Benjamin votou para condenar à cassação a chapa Dilma-Temer por sete fatos, três dos quais ligados à empreiteira e aos depoimentos dos marqueteiros.

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(Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello)

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