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“O confronto político entre a burguesia e um novo governo progressista é inevitável”, diz Altman

O jornalista fez um apelo ao PT para que se prepare para um confronto com as elites, que estarão empenhadas em desestabilizar um eventual governo Lula. “Basicamente, o que a burguesia diz para ele é ‘ou você governa conforme o nosso manual, ou nós vamos lhe criar problemas’”. Assista na TV 247

Breno Altman (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
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247 - O jornalista Breno Altman, em entrevista à TV 247, exortou o Partido dos Trabalhadores (PT) a se preparar para um confronto com a burguesia brasileira, que, diante da possibilidade de um novo governo Lula, vem se empenhando em cooptá-lo. Ele alertou que a situação pode se tornar ainda mais grave, com setores da elite interessados em desestabilizar a nova administração, como durante os anos Dilma Rousseff.

Segundo Altman, caso vença Jair Bolsonaro em 2022, Lula vai ser pressionado pela burguesia a adotar um pacote de políticas alternativo. Contudo, a prioridade da elite ainda é emplacar a chamada “terceira via”. 

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“Eles tentarão de alguma maneira parir uma candidatura da terceira via, mas é evidente que, diante da expectativa de que o Lula vença, as pressões já começaram. Basicamente, o que a burguesia diz para ele é: ‘ou você governa conforme o nosso manual, ou nós vamos lhe criar problemas’”, afirmou o jornalista.

Ele levantou algumas questões a serem consideradas por dirigentes partidários e pelo próprio Lula: “Aí vem a questão, mas é uma questão pós-eleições. Ou seja, como vai ser e o que vai fazer o governo Lula? Como ele vai atuar para impedir que se repita a situação nos anos finais do governo Dilma? Como ele vai atuar para impedir que se repita a situação que ocorreu nos anos finais do governo Dilma? Como bloquear uma nova contrarrevolução ativa ou preventiva da burguesia brasileira? Como evitar a desestabilização desse governo? Eu não tenho nenhuma dúvida, eles recorrerão a tudo isso”. 

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Bem-estar social na periferia do capitalismo

Para Altman, não há como conciliar as dinâmicas do capitalismo periférico, observado na América Latina, com o projeto, defendido por Lula, de criação do Estado de bem-estar social, que oferece às pessoas todas as condições básicas para a vida. No Brasil, a burguesia impede qualquer avanço nesse sentido. 

“Parto da ideia de que é cada vez mais profunda a contradição entre o capitalismo periférico e o Estado de bem-estar social. É cada vez mais impraticável medidas de Estado de bem-estar social no capitalismo periférico. Portanto, qualquer governo de esquerda que faça reformas na direção do Estado de bem-estar dentro do capitalismo periférico, mesmo que sejam reformas moderadas, aliás, como foram as reformas dos governos Lula e Dilma, mesmo que sejam reformas ainda mais moderadas, o confronto político é inevitável. Porque a burguesia brasileira não só não aceita medidas de Estado de bem-estar, como ela está atuando nos últimos anos para retroagir tudo que havia sido construído nos últimos 80”, disse o jornalista.

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Neste contexto, resta ao PT apenas se preparar para o confronto. “Não se preocupem com a moderação do Lula. Isso não alterará em nada o confronto político do país. Esses setores da burguesia que sugam, que são predadores do capitalismo periférico não terão como ser evitados. E cabe ao PT, à esquerda e ao próprio presidente Lula uma vez eleito se prepararem para o confronto desta vez, coisa que não foi feita anteriormente”, completou. 

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