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‘O maior problema do STF é a competência criminal que ele não deveria ter’

Ministro do Supremo Luís Roberto Barroso afirmou que refutou a hipótese de uma crise entre judiciário e legislativo, afirmando que, na verdade, o supremo está exercendo um papel que não deveria, de tribunal criminal; "O maior problema do Supremo Tribunal hoje, que o joga na tempestade política, é uma competência criminal que ele não deveria ter, funcionar como juiz criminal de primeiro grau", referindo-se a processos da classe política julgados pela Casa

Brasília - Ministro Roberto Barroso em sessão plenária do STF para definir a fixação da tese de repercussão geral nas ações que tratam da desaposentação (José Cruz/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Lucena)
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SÃO PAULO (Reuters) - A reforma política que foi recentemente aprovada pelo Congresso não é a reforma que precisava ser feita no Brasil, disse nesta segunda-feira o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso.

"Não fizemos a reforma política que precisava ter sido feita", disse Barroso, em evento em São Paulo.

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O ministro também defendeu o voto distrital misto --sistema no qual, parte dos deputados é escolhido em eleição majoritária nos distritos--, que considerou a melhor opção para um Parlamento com maior representatividade.

"Temos um sistema em que eleitores não sabem quem elegeram e eleitos não sabem por quem foram colocados lá", disse, referindo-se ao atual modelo.

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O ministro disse que acredita que a eleição presidencial do ano que vem pode ajudar o país a "superar o trauma do impeachment". No entanto, afirmou que não tem a mesma esperança em relação à eleição para o Legislativo.

"Nas eleições parlamentares sou mais cético. Porque não mudamos as engrenagens que não induzem à desonestidade", disse.

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O ministro refutou, no entanto, a hipótese de uma crise entre judiciário e legislativo, afirmando que, na verdade, o supremo está exercendo um papel que não deveria, de tribunal criminal.

"O maior problema do Supremo Tribunal hoje, que o joga na tempestade política, é uma competência criminal que ele não deveria ter, funcionar como juiz criminal de primeiro grau", referindo-se a processos da classe política julgados pela Casa.

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Para Barroso, não existe uma crise no Supremo, mas sim o reflexo da crise política e econômica que atinge o país de modo geral.

"O Supremo em si não está (em crise). Temos uma crise política e ética no país. Seria ilusório achar que o Supremo sairia incólume", acrescentou.

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