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Poder

Palocci reaparece e diz que governo não cometeu erros

Ex-ministro volta a participar de reuniões sobre a reeleição da presidente Dilma, mas garante não estar arrecadando recursos de campanha; sobre sua consultoria, ele minimiza seu poder de articulação. "As pessoas tomam como real esse nível de articulação minha e direcionam energia para cá, buscando solução de problemas, e eu acabo não podendo atender porque não estou tão envolvido assim", afirma; sobre a economia, ele afirma que o mundo "deu uma congelada"

Palocci reaparece e diz que governo não cometeu erros (Foto: ANTONIO CRUZ-ABR)
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247 - Depois de muito tempo sumido, o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antonio Palocci, falou rapidamente à jornalista Rosângela Bittar, do Valor, sobre sua consultoria, suas reuniões com o ex-presidente Lula e a presidente Dilma e sobre a economia global. Confira abaixo:

Palocci: nenhum erro importante no governo

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Por Rosângela Bittar

A simples presença, se é que se pode qualificá-la com tão pequena dimensão, do ex-ministro Antonio Palocci numa reunião da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, em um hotel em São Paulo, e o registro aqui feito de sua participação, com a ressalva de que às palestras que profere para empresários e banqueiros não corresponde retorno em arrecadação de campanha para o PT, levaram diferentes tipos de interessados a abarrotar a antessala do escritório privado de Palocci. Abarrotar de políticos.

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A reunião de que ele participou foi dirigida pelo comandante do projeto da reeleição e chefe supremo da campanha, Lula; teve a participação de João Santana, responsável pela propaganda da reeleição e do partido; contou com a candidata e presidente Dilma; que levou seu braço direito eleitoral, Aloizio Mercadante, um dos principais integrantes do núcleo que vai coordenar o dia a dia da disputa e mediar a formação dos palanques regionais.

Palocci estava lá. Mas, ressalva o ex-ministro, foi a primeira reunião de que participou com essa configuração e não tem estado no centro das definições de campanha. Deixa claro que não se ofendeu com a explicitação de uma possível função na área de financiamento eleitoral, mas gostaria de repor a verdade em perspectiva.

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O mundo mudou muito, está congelado

"As pessoas tomam como real esse nível de articulação minha e direcionam energia para cá, buscando solução de problemas, e eu acabo não podendo atender porque não estou tão envolvido assim", afirma.

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No nível de atividade subentendido na informação aqui publicada, Palocci diz que não está. Afirma crer, inclusive, que não exista, pelo menos ao que saiba, o circuito mencionado, nem no aspecto político nem no aspecto financeiro da reeleição.

"Minha participação política tem sido pequena. Este ano, Lula e Dilma tiveram uns seis, sete encontros. Fui a apenas um".

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O que Palocci vai fazer na política, este ano e o ano que vem? "Não sei ainda, estou querendo pular o ano que vem, na política". E o que mesmo foi fazer na reunião do Lula com a Dilma e o marqueteiro?

"Comentei algumas coisas da situação da economia". Cauteloso para não ferir antigas e novas suscetibilidades, o ex-ministro da Fazenda esclarece também que não está trabalhando para o governo na questão econômica, nem procurando saídas. "Quando eu vou ao encontro do Lula, quando fui falar com a Dilma, comentei um pouco minhas opiniões, só".

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E quais são elas, sobretudo sobre o crescimento encruado e a resistente rebarba de inflação que levou a presidente Dilma a perder parte de sua principal bandeira de campanha na área econômica, a redução drástica dos juros?

"Não acho que o governo está cometendo nenhum erro importante. O problema é que o mundo está muito parado, mesmo. O mundo mudou muito". Para Palocci, no último período, muito recentemente, houve um ciclo que foi bom, agora ingressamos num período que define como "mais apertado" e acredita que será necessário haver um esforço de alguns anos para retomar o nível de crescimento mais forte que se desenhou na rápida boa fase.

O governo, a seu ver, terá que intensificar os esforços e criar caminhos para retomar um ciclo mais forte na economia.

"O mundo, que estava aquecido, deu uma congelada. São muitas forças contra o crescimento no mundo todo, é navegar contra a maré, agora, é fazer um esforço grande aí". Logo depois de 2008, houve uma queda internacional, retomada em 2009/10, numa recuperação que não se mostrou consistente. Quando acreditava-se que o ritmo havia voltado, "caiu tudo de novo, sobretudo na Europa, e ainda não levantou".

O esforço do governo brasileiro, nas reflexões do ex-ministro da Fazenda, deve se concentrar em melhorar o ambiente de negócios, melhorar os investimentos em infraestrutura. "Mas não tem mágica, não é uma coisa de curto prazo. É um esforço longo que é preciso fazer".

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